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Bispos católicos convidam mídia estatal angolana a ser equilibrada e plural

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Os bispos católicos exortaram a imprensa angolana a abandonar a sua postura "excessivamente unilateral e tendenciosa" para passar a divulgar uma informação "equilibrada e plural" na cobertura dos preparativos para as eleições gerais de agosto próximo.

Angola

Bispos católicos convidam mídia estatal angolana a ser equilibrada e plural

Os bispos católicos exortaram a imprensa angolana a abandonar a sua postura "excessivamente unilateral e tendenciosa" para passar a divulgar uma informação "equilibrada e plural" na cobertura dos preparativos para as eleições gerais de agosto próximo.

Luanda – Os bispos católicos exortaram a imprensa angolana a abandonar a sua postura “excessivamente unilateral e tendenciosa” para passar a divulgar uma informação “equilibrada e plural” na cobertura dos preparativos para as eleições gerais de agosto próximo.

Numa mensagem pastoral lida quinta-feira, na cidade de Benguela, litoral sul de Angola, os bispos argumentam que o direito à informação é um dos pilares fundamentais de qualquer sistema democrático e “essencial para a consolidação da nossa democracia em Angola”.

No seu entender, os órgãos de comunicação social devem, para a sua credibilidade, desempenhar o seu papel “com rigor e isenção”, ao longo de todo o processo eleitoral, garantindo o acesso à informação sobre os diferentes candidatos e programas políticos, noticiando com verdade e imparcialidade.

Os órgãos de comunicação social, sobretudo do Estado, foram por isso aconselhados a evitar, em nome da reconciliação nacional, “recordar desnecessariamente” episódios tristes da história recente do país, “que nem sequer fazem parte da experiência de muitos eleitores”.

“Seria insensatez abrir feridas, que estão a cicatrizar”, sublinham os bispos na mensagem lida no final de uma assembleia plenária da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

Defendendo igualmente que seja acautelado o respeito pela diversidade de opções “que é constitutiva do sistema democrático”, os prelados católicos chamam ainda a atenção para que “nenhuma situação leve a qualquer tipo de violência verbal, física ou psicológica”.

Sublinham que os seus apelos se estendem igualmente aos agentes da ordem, religiosos e autoridades tradicionais, para que se abstenham de manifestar as suas orientações políticas e realizem campanha partidária, “pressionando as pessoas a votarem em A ou B”.

“Os líderes das comunidades católicas, bispos, presbíteros, diáconos, religiosos, evangelistas ou catequistas devem abster-se de manifestar as suas preferências partidárias e de fazer campanha partidária”, exortam.

Sobre os sobas, eles recordam que a natureza e a dignidade da autoridade tradicional “é-lhe anterior e transcende os partidos políticos”, apelando por isso “à sua não instrumentalização e que eles mesmos também não se deixem instrumentalizar”.

No quadro da preparação para as eleições gerais de agosto próximo, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do Presidente José Eduardo dos Santos, é até agora o único partido que já apresentou publicamente a lista dos seus candidatos ao Parlamento liderada pelo atual ministro da Defesa Nacional e vice-presidente do partido, João Lourenço.

Este último lançou a sua pré-campanha eleitoral em fevereiro passado com um comício popular na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, no sul do país, e tem desde então conduzido atividades similares nas demais províncias do interior e na capital, Luanda. Panapress


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Escrito por: África 21 Digital

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