Foto:Martine Perret/ONU

“A nível mundial observa-se uma redução dos recursos marinhos vivos, que é muitas vezes atribuída à sobrepesca. Os recursos pesqueiros de Angola não estão fora desde quadro e por esta razão, nos últimos anos, as políticas do Ministério das Pescas têm sido no sentido de reduzir a capacidade da frota”, disse Vitória de Barros Neto, citada pela agência Lusa.

“Melhorar o padrão de exploração dos recursos marinhos do país, de modo a ter uma frota de pesca rentável, adaptada aos recursos disponíveis, é uma das apostas com este propósito”, disse.

De acordo com a ministra das Pescas, o efeito dessas estratégias na recuperação dos recursos muitas vezes não têm o impacto desejado por não se ter em conta a funcionalidade do ecossistema. As mudanças climáticas e os aspetos de poluição estão a tornar-se cada vez mais um desafio para a sustentabilidade dos oceanos e sistemas aquáticos”, afirmou a ministra angolana..

A intervenção da ministra foi feita na Convenção da Corrente Fria de Benguela (BCC, na sigla em inglês).

O seminário é uma promoção do Ministério das Pescas, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), visando determinar as prioridades de investigação pesqueira da região, desenvolver projetos de investigação a serem realizados na base da colaboração entre os cientistas dos três países africanos.

Segundo Vitória de Barros Neto, o grande desafio de Angola é ter um ecossistema saudável e produtivo.

“Por isso a Comissão da Corrente Fria de Benguela joga um papel preponderante. Na última conferência ministerial da BCC realizada, em dezembro de 2016, os países membros reforçaram a necessidade de promover a gestão regional do ecossistema, para garantir a saúde dos oceanos para benefício das gerações presentes e futuras”, explicou.

A par dos países africanos participam igualmente deste encontro o Instituto de Investigação Marinha de Bergen, da Noruega, que vai desenvolver investigações marinhas a bordo do navio de investigação “Dr. Fridjof Nansen”.