O Fundo da Nações Unidas para Infância (Unicef) divulgou os resultados de um estudo que mostram que os lares para crianças, em todo o mundo, abrigam pelo menos 2,7 milhões de menores. Mas segundo o Unicef, este número pode ser maior porque muitas crianças vivendo nessas instituições ou orfanatos não estão nos registros oficiais.
África 21 Digital, com ONU News
Na Europa do Leste e Ásia Central, as crianças com algum tipo de deficiência representam quase a metade de todos os menores vivendo em lares públicos. De acordo com a agência, em muitos países existe a crença de que as famílias são incapazes de cuidar de seus filhos com deficiência e as instituições acabam sendo consideradas os locais ideais para esses menores.
O Unicef alerta que viver em um abrigo tem um “impacto arrasador no desenvolvimento cerebral, especialmente durante os primeiros anos de vida da criança”.
Na primeira infância, entre zero e três anos de idade, os menores que vivem nesses lares carecem de atenção, amor e cuidados. Isso atrapalha o desenvolvimento cerebral e pode gerar consequências para o resto da vida.
A agência da ONU cita ainda implicações para o crescimento cognitivo, social e emocional, além de impactos negativos para saúde, felicidade e capacidade de aprendizado.
O Unicef defende mais investimentos para programas de apoio às famílias, para evitar que as crianças sejam separadas de seus pais ou responsáveis. Outra ação é garantir a transição desses menores, para que deixem de morar nos lares e voltem a viver com suas famílias biológicas.