O grupo dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirma que a primeira Convenção Nacional desta formação não obedece aos princípios estatutários.
África 21 Digital, com agência
A afirmação consta num comunicado à imprensa, no qual o grupo alega ainda que a direção do partido não dispõe de um regulamento que permita a realização do evento, que decorreu esta semana, preferindo utilizar métodos de separação e de exclusão de todos os militantes e dirigentes do partido suspeitos de terem simpatia com o grupo dos 15.
“No caminho de atitude desta natureza, figuram procedimentos anti-estatutários que levaram a realização do congresso da União Democrática das Mulheres UDEMU e que são perspectivados outros eventos concernentes a juventude do partido JAAC, e quadros (CONQUATSA) e o Congresso”, refere o Grupo, citado pela agência ANG.
No comunicado, o grupo alerta a todos os militantes, responsáveis e dirigentes do PAIGC, os veteranos de luta de libertação nacional sobre as consequências que poderão advir da subida incontrolada da insatisfação de uma grande franja dos militantes do partido e o impacto negativo para unidade e a coesão no seio desta formação política.
Por isso, apelou a ponderação sobre o que se está a passar no partido e a identificação de quem está a agir de má-fé.
O grupo dos 15 chama igualmente a atenção à comunidade nacional e internacional sobre o que diz ser “flagrante e persistente violação do espírito do Acordo de Conacri” e pelos atos que estão sendo perpetrados pela atual liderança do PAIGC.
Acrescenta que esta ação põe em causa as recentes disposições do comunicado da cimeira dos chefes de Estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).