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Relatório do FMI sobre Moçambique critica “lacunas de informação” sobre dívida oculta

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O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre Moçambique, elaborado pela equipa técnica que visitou o país,  aponta “lacunas de informação essencial” que carecem ser resolvidas, no caso das dívidas ocultas contraídas pelas empresas estatais EMATUM, Proindicus e MAM.


África 21 Digital, com AIM


                                                                                                                                                                                             Foto:DPA/Arq

Segundo o FMI, embora o relatório da auditoria realizada pela Kroll ofereça informação útil sobre como os empréstimos foram contraídos e sobre os ativos adquiridos pelas empresas,  persistem lacunas de informação essencial que carecem ser resolvidas, nomeadamente sobre o uso dos proveitos dos empréstimos.

A missão recomendou ao governo a adoção de medidas para colmatar as lacunas de informação e a aprimorar o seu plano de ação de reforço da transparência, melhoria da governação, e garantia de responsabilização.

O FMI destacou, por outro lado, a melhoria de desempenho registada em alguns sectores da economia a partir de finais de 2016.

“O aperto decisivo da política monetária, em Outubro de 2016, ajudou a reequilibrar o mercado cambial e resultou numa apreciação do Metical [a moeda moçambicana] em cerca de 30 por cento em relação ao dólar americano desde o final de Setembro de 2016”, segundo os técnicos do fundo.

Esta orientação monetária contribuiu também para um declínio da inflação homóloga, de um pico de 26 por cento, em Novembro de 2016, para cerca de 18 por cento, em Junho, não obstante o grande aumento dos preços dos combustíveis em Março.

As constatações figuram da declaração da equipa do corpo técnico do FMI, chefiada por Michel Lazare, que, de 10 a 19 do mês em curso, visitou Moçambique para discutir com as autoridades as medidas necessárias para dar seguimento ao relatório da auditoria recente às empresas EMATUM, Proindicus e MAM.

Durante a sua permanência em Moçambique, a missão do FMI teve reuniões com o primeiro-ministro, Carlos do Rosário, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, altos-quadros do governo, deputados da Assembleia da República, e representantes do setor privado e da comunidade de países doadores.


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Escrito por: África 21 Digital

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