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Autores lusófonos marcam presença na Festa Literária de Paraty

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Os autores brasileiros ainda são maioria na FLIP, que começa quarta-feira, mas há vários convidados estrangeiros que falam a língua de Camões. Frederico Lourenço e Luaty Beirão são dois deles.


África 21 Digital, com Portugal Digital


A Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) chega este ano à 15ª edição. O prestigiado evento literário brasileiro começa quarta-feira, 26 de julho, e seguirá até domingo, dia 30, com uma programação que, entre outros destaques, apresentará alguns dos nomes que marcam as letras do universo da lusofonia.

Além dos autores brasileiros, que estarão em maioria no cartaz da FLIP, o evento conta este ano com a presença de dois portugueses: o escritor e tradutor Frederico Lourenço e a jornalista Joana Gorjão Henriques. O programa inclui também a luso-angolana Djaimilia Pereira de Almeida. E de Angola virá ainda o músico e ativista Luaty Beirão.

A 15ª edição da Flip, com curadoria de Joselia Aguiar, homenageia Lima Barreto e já tem confirmados os nomes de Marlon James, Diamela Eltit, Scholastique Mukasonga, Lázaro Ramos, Lilia Schwarcz, Felipe Hirsch, Conceição Evaristo, entre outros.

Em anteriores edições foram vários os participantes portugueses, em que se incluem Alexandra Lucas Coelho, Almeida Faria, António Lobo Antunes, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Inês Pedrosa, José Luís Peixoto, Lídia Jorge, Mário de Carvalho, Miguel Sousa Tavares, Ricardo Araújo Pereira, Valter Hugo Mãe, entre outros.

Djaimilia Pereira de Almeida

Djaimilia Pereira de Almeida  nasceu em Luanda em 1982 e é uma das novas vozes da literatura lusófona. Cresceu em Lisboa, cursou estudos portugueses na Universidade Nova de Lisboa e doutorou-se em teoria da literatura na Universidade de Lisboa. Foi uma das vencedoras, em 2013, do prêmio de ensaios da revista serrote. Seu primeiro livro, Esse cabelo (LeYa, 2017), marcou a cena literária de Portugal. Em 2016 foi uma das finalistas da Rolex Mentor and Protegé Arts Initiative. Assina uma coluna mensal na Revista Pessoa.

Frederico Lourenço

Frederico Lourenço, nascido em Lisboa, em 1963, é um dos mais proeminentes intelectuais portugueses da atualidade, com destacada obra como tradutor, ensaísta e ficcionista. Estreou-se como romancista com o romance Pode um Desejo Imenso (2002), primeira parte de uma trilogia que leva o mesmo nome, lançada como volume único em 2006, que ainda inclui O Curso das Estrelas (2002) À Beira do Mundo (2003)

Em tradução direta do grego antigo para o português, incluem-se, em 2003, A Odisseia, de Homero, trabalho pelo qual recebeu o Prêmio Dom Dinis da Casa de Mateus e também o Grande Prêmio da Associação Portuguesa de Tradutores. Em 2005, foi a vez de A Ilíada, também atribuída a Homero. Entre outros textos do grego antigo, traduziu ainda as tragédias Hipólito Íon, de Eurípedes.

Joana Gorjão Henriques

Joana Gorjão Henriques nasceu em Lisboa, em 1975. Em 1999, começou a escrever sobre cultura – sobretudo teatro – para o jornal Público, onde trabalhou pelos dez anos seguintes. Em 2007, participou do lançamento do suplemento cultural Ípsilon, para o qual colaborou também até 2009. Estudou jornalismo na Universidade de Harvard e sociologia na London School of Economics.

Voltou ao Público em 2011, e desde então escreve sobre política internacional e portuguesa e sobre direitos humanos. Também colabora regularmente para o britânico The Guardian.

Em 2016, lançou Racismo em português: o lado esquecido do colonialismo (Tinta-da-China), uma coletânea de cinco longas reportagens em que investiga o racismo como prática e como herança nas antigas colônias africanas de Portugal.

Luaty Beirão

Luaty Beirão, nascido em Luanda em 1981), é conhecido no meio musical como Ikonoklasta. É um rapper e ativista político. Em 2015, foi detido em Luanda com outros colegas por estarem lendo um livro considerado subversivo pelo regime de José Eduardo dos Santos, há quase quatro décadas no poder. Na prisão, iniciou uma greve de fome que durou trinta e seis dias.

Em 2016, teve liberdade condicional. Em seguida, publicou Sou eu mais livre, então (Tinta-da-China, 2016), diário que manteve durante a prisão e que funciona como um testemunho único da resistência angolana. Kanguei no Maiki, uma compilação de suas letras de música, será publicada pela editora Demônio Negro – a expressão da juventude angolana significa “peguei no microfone”.


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Escrito por: África 21 Digital

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