Foto:RFI/Arq
Manuel Bissopo destacou que o povo moçambicano “não pode continuar a sofrer”, acrescentando haver “uma colaboração profunda” entre o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Esperamos que esta confiança se reforce ainda mais, para trazer uma paz definitiva para os moçambicanos”, afirmou o secretário-geral da Renamo, falando este fim-de-semana num encontro com membros do seu Partido, na província nortenha do Niassa, informa a rádio norte-americana VOA.
Mas a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Alice Mabota, afirma que sendo esta uma declaração importante, uma paz efetiva passa, no entanto, por os moçambicanos aceitarem as suas diferenças. “Sem isso, não iremos além,” sublinha Mabota.
Para Raúl Domingos, um eventual entendimento entre o governo e o partido de Afonso Dhlakama vai colocar desafios ao país.
O antigo negociador-chefe da Renamo do Acordo Geral de Paz de 1992 e atual presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, diz que os desafios incluem a consolidação da paz e democracia, e promoção do desenvolvimento.
Referido-se ao diálogo político com a Renamo, o presidente Filipe Nyusi disse, a semana passada, que os próximos dias vão ser decisivos, sem, no entanto, dar pormenores.