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Ex-ministro dos Transportes de Moçambique acusado de corrupção

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O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) em Moçambique acusou o ex-ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, de crimes de pagamento de remunerações indevidas no valor que ascende a dois milhões e 250 mil meticais (US$ 36,856.53 dólares).


África 21 Digital, com AIM


Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas

No mesmo processo, segundo escreve hoje o jornal “Notícias”, a GCCC, subordinada à Procuradoria-Geral da República (PGR),  acusou, igualmente, Teresa Jeremias, ex-administradora do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), Lucrécia Celeste Merícia Ndeve, ex-diretora geral do IACM, e Amélia Abílio Levi Delane, ex-chefe de departamento financeiro da mesma instituição, de crimes de abuso do cargo ou função. O processo foi remetido ao Tribunal Judicial do Distrito de Lhamankulu, na cidade de Maputo, para efeitos de julgamento.

Conforme consta dos autos, em 2009, no exercício de funções de ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula autorizou que fossem pagas remunerações aos membros do Conselho de Administração do IACM, entidade que na altura era tutelada na base de uma tabela nova. Todavia, o estatuto do IACM impunha na época que tal situação devia ser mediante despacho conjunto dos ministros de tutela e das Finanças, o que não aconteceu.

As demais arguidas foram assinando cheques nos montantes equivalentes a seus salários, sob a alegação de que se tratavam de adiantamentos de salários sem que, contudo, a posterior repusessem tais montantes. Os referidos adiantamentos totalizaram 2.250.202 meticais.

Outra das irregularidades verificadas se prende com o pagamento de passagens aéreas a favor de familiares da ex-administradora, Teresa Jeremias, com fundos do IACM, sem que tivessem direito a tal regalia.

Paulo Zucula é o segundo ex-ministro dos Transportes e Comunicações na história de Moçambique independente a ser acusado pelas instâncias judiciais. O primeiro foi António Munguambe, condenado, em 2010, por um tribunal presidido pelo juiz Dimas Marrôa, a quatro anos de prisão pelo desvio dos fundos do Estado na forma de encobridor, ao receber valores significativos para o pagamento das bolsas de estudo dos seus filhos e de ter beneficiado de uma viatura da marca Audi A6, adquirida pelos fundos da empresa Aeroportos de Moçambique.


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Escrito por: África 21 Digital

Último Comentário

  • Até que enfim!
    Parabéns pela inteligência e respeito por Moçambique , que este gesto significa.
    ter feito a luta de Libertação não é ser dono do país. Isso fizeram os colonizadores com as campanhas de pacificação.
    Parabéns!
    L.A.

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