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Interligação elétrica entre Moçambique e o Malawi ganha nova dinâmica

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Duas sessões de consulta pública estão agendadas para 28 e 29 de Agosto nas cidades moçambicanas de Tete e Moatize, ragião centro do país, para auscultar sensibilidades e colher subsídios sobre o projeto de construção de uma linha de transporte de energia eléctrica ligando Moçambique e Malawi.

África 21 Digital com AIM


Segundo uma nota da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), citada hoje pelo jornal “Notícias”, a venda de energia eléctrica para o Malawi deve ser iniciada dentro de cinco anos, dando seguimento a uma intenção de compra formalizada em 1998 junto das autoridades moçambicanas.

Desde então, o Malawi vem hesitando em avançar com a construção da linha de transporte ligando Tete e Phombeya e outras infra-estruturas.

Entretanto, desde o ano passado que Lilongwe manifesta interesse de concretizar a iniciativa, estando a empresa pública de electricidade, a Electricity Supply Corporations of Malawi (ESCOM), já a trabalhar com a EDM no projecto.

É neste contexto que se realizou em Junho, em Maputo, um seminário para apresentação dos resultados de estudos de viabilidade económica, financeira e de impacto ambiental e social.

O projecto de interligação inclui a construção de uma linha de 218 quilómetros a 400 quilovolts e duas subestações, sendo uma em Matambo, na província de Tete, e outra em Phombeya, em território malawiano.

O presidente do Conselho de Administração da EDM, Mateus Magala, disse a propósito que as previsões apontam para uma necessidade de 120 milhões de dólares norte-americanos para financiar o empreendimento, dos quais 95 milhões serão usados na construção da linha e das subestações. A outra parte do montante vai custear a electrificação rural ao longo do corredor.

Magala garantiu que, se o fecho financeiro do projecto ocorrer até Dezembro deste ano, a exportação da energia da EDM para o Malawi há-de virar realidade até 2022.


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Escrito por: África 21 Digital

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