Vários comandantes das Forças Armadas dos Estados Unidos defenderam que a via diplomática é prioritária para resolver a atual crise com a Coreia do Norte, apesar de ressaltarem a necessidade de essa opção contar com o apoio de uma estratégia militar.
África 21 Digital, com agências
“Ansiamos e trabalhamos para conseguir soluções diplomáticas diante do desafio apresentado por Kim Jong-un”, disse o almirante Harry Harris, comandante do Comando do Pacífico dos EUA em uma entrevista coletiva, nesta terça-feira (22), na base aérea de Ousam, em Seul.
“Um grande esforço diplomático apoiado por um poderoso esforço militar é chave”, completou o militar, citado pela agência Yonhap.
Harris estava acompanhado pelo general Vicent Brooks, comandante das forças americanas na Coreia do Norte, por John Hyten, chefe do Comando Estratégico, e pelo tenente-general Samuel Greaves, diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA, informa a Efe.
Brooks ressaltou a necessidade de realizar os exercícios militares conjuntos anuais com a Coreia do Norte, iniciados ontem. Para ele, é uma responsabilidade fornecer aos líderes políticos opções militares caso seja preciso.
“E os exercícios são a maneira de garantir que essa opção é viável. E isso é o que mantém a dissuasão”, indicou.
A viagem de Harris, Hyten e Greaves à Coreia do Sul serviu para que eles acompanhem de perto a movimentação militar.
Hoje mesmo, o exército da Coreia do Sul fez um exercício de contraterrorismo como parte das manobras. Cerca de 350 homens e 15 helicópteros participaram de uma simulação para responder a um ataque no estádio de futebol da cidade de Daegu.
Esses exercícios são condenados todos os anos pela Coreia do Norte, que os considera um ensaio para invadir o país. Efe/ABr