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 ONU denuncia “sofrimento humano em grande escala” em Kasai na RD do Congo

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A ONU denunciou, em Genebra, as destruições  e o “sofrimento humano em grande escala” na província do Kasai, região centro da República Democrática do Congo (RDC), assolada por uma guerra civil há mais de um ano.


Uma equipa do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (HCR) entrou na semana passada, para uma primeira missão no território de Kamonia, na fronteira entre a RDC e Angola, que foi o epicentro da turbulência, informa a AFP.

Segundo uma porta-voz do HCR, nove aldeias próximas à cidade fronteiriça de Kamoko foram incendiadas durante os ataques levados a cabo pelos grupos armados, ou durante os combates entre esses e as forças governamentais.

“Os grupos armados locais destruíram sistematicamente ou pilharam os centros de saúde, as escolas ou outros edifícios públicos”, indicou a porta-voz do HCR, Cécile Pouilly. Acrescentou que, os professores e os enfermeiros fugiram ou foram mortos.

Centenas de crianças foram separadas de seus parentes ou foram testemunhas da sua morte, acrescentou o HCR.

Em Agosto ultimo, o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU anunciou que 251 pessoas, das quais 62 crianças, foram vitimas de execuções sumárias entre Março e Junho no Kasai.

A crise na região do Kasai começou há um ano e se estendeu a nove das 26 províncias da RDC, segundo o HCR.

Atualmente, uma grande parte do território no coração do conflito está sob controlo das forças do governo, mas o retorno à paz continua frágil, nota o HCR.

O HCR lançou um apelo de recolha de fundos de 102,5 milhões de dólares para financiar as suas operações na região. Até ao momento, somente 17 por cento desse apelo foi correspondido.

A violência, que envolve milícias, soldados e polícias no Kasai,causou,desde há um ano, a morte de mais de três mil pessoas, de acordo com dados reunidos pela Igreja Católica, e cerca de 1,4 milhão de pessoas fugiram das suas casas nesta região, segundo a ONU.

Essa violência eclodiu em Setembro de 2016, um mês após a morte de um chefe tradicional, Kamwina Nsapu, morto durante uma operação militar após se ter rebelado contra as autoridades de Kinshasa.


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Escrito por: África 21 Digital

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