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Núncio apostólico do Vaticano denuncia em Kinshasa um Estado “depredador do seu povo”

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O núncio apostólico na República Democrática do Congo, Luís Mariano Montemayor, denunciou, em Kinshasa, numa entrevista retomada por toda imprensa local, “um Estado depredador do seu povo”.


África 21 Digital com agências


Foto: Força da ONU no Kasai

Na entrevista, o diplomata do Vaticano confirmou que o Papa já não visitará a RDC antes da realização de eleições gerais, para evitar qualquer risco de manipulação.

“O Papa Francisco está entristecido por causa de uma certa distância que existe entre a classe política e o seu povo”, disse o prelado à rádio Okapi, uma estação emissora da ONU, após o seu regresso de uma visita de cinco dias à região do Kasai, mergulhada em confrontos.

“O Estado congolês tem uma tradição de Estado depredador do seu povo”, disse.

A Nunciatura apóstólica foi a primeira instituição a ter fornecido o balanço de três mil vítimas, no Kasai, mergulhado num conflito entre as forças militares governamentais e as milícias Kamuina Nsapu, nome de chefe tradicional assassinado em Agosto de 2016.

A RDC atravessa uma crise política ligada à continuação do Presidente Joseph Kabila no poder, depois do seu segundo mandato ter terminado a 20 de Dezembro de 2016.

Muito influente na RDC, a Igreja católica patrocinou, a 31 de Dezembro de 2016, um acordo entre o actual governo e a oposição, que prevê à realização de eleições até final de 2017. Neste contexto, a oposição exige da Comissão Nacional Eleitoral (CENI), a publicação de um calendário eleitoral.


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Escrito por: África 21 Digital

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