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Quénia: dificuldades técnicas podem obrigar a adiar repetição da eleição presidencial

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A Comissão Eleitoral queniana enfrenta desafios para poder cumprir com os prazos fixados por ela própria depois de se verificar que a tecnologia a ser usada na repetição das eleições, a 17 de Outubro, pode não estar pronta a tempo.


África 21 Digital com AIM


Segundo reporta o jornal local, The Standard, a tecnologia usada para identificar eleitores e processar e transmitir resultados, o Sistema Integrado de Gestão de Eleições do Quénia (KIEMS), terá que ser atualizado para a repetição das eleições, para garantir a credibilidade do processo.

A fonte refere que na sexta-feira os membros do órgão eleitoral estiveram reunidos com os fornecedores do Kit Safran Morpho, para discutir a atualização do KIEMS.

Fontes do encontro disseram que os peritos da Safran, uma empresa francesa, mostraram-se preocupados porque a reconfiguração do kit pode não ficar pronta a tempo para as eleições, que devem ter lugar 60 dias após o dia em que o Tribunal Supremo anulou o resultado do escrutínio, devido a ilegalidades verificadas durante a contagem dos votos.

A Comissão Eleitoral, que decidiu então marcar a repetição das eleições para 17 de Outubro, está agora a braços com a questão de como utilizar o server (computador central) para que não haja interferência com informação introduzida nas eleições de 8 de Agosto, uma vez que a lei requer a preservação de todo o material eleitoral para casos de petições sobre as eleições.

“A Safran enviou quinta-feira uma carta dizendo que eles não serão capazes de cumprir com o prazo para a reconfiguração e atualização do sistema até à data do escrutínio”, disse uma fonte, acrescentando que a situação coloca sérias dúvidas sobre a realização das eleições a 17 de Outubro.

Fontes próximas disseram ainda que a Safran também se mostrou preocupada com afirmações por parte de alguns partidos políticos que acusam a empresa IT de cumplicidade na manipulação dos dados das eleições.

Este é um dos assuntos que a directora executiva, Anne Bouverot, que já se encontra em Nairobi a frente de uma delegação de seis funcionários séniores, deverá discutir com as autoridades do Quénia.

“Disseram-nos que não querem fazer o trabalho às pressas e arriscar-se a uma total falha do sistema, o que poderia afetar a sua reputação”, disse uma fonte citando a empresa determinada em salvaguardar a sua reputação no mundo.


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Escrito por: África 21 Digital

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