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Polícia moçambicana admite morte de 4 manifestantes durante protesto

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A Polícia moçambicana (PRM), admitiu que quatro pessoas morreram  quando agentes da corporação abriram fogo contra manifestantes na vila-sede do distrito de Mandimba, na província nortenha do Niassa.


Falando durante o habitual briefing à imprensa, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, explicou que as autoridades policiais não tinham a intenção de matar os quatro cidadãos.

Segundo Dina, as pessoas foram atingidas mortalmente por balas perdidas no contexto de procurar conter o avanço de populares que pretendiam,  na manhã de segunda-feira, “a todo o custo”, vandalizar as instalações do Comando Distrital da PRM, como viria a acontecer, e a tentativa de retirar as armas de fogo que se encontravam na posse dos agentes da Polícia e no Comando Distrital.

Além das quatro vitimas mortais, pelo menos sete manifestantes ficaram feridos, dos quais quatro com gravidade, no incidente que destruiu totalmente duas viaturas, sete motorizadas e 12 bicicletas. A residência do comandante distrital da PRM também não escapou à vandalização.

O Comando-Geral da PRM assegura que a situação em Mandimba já voltou à normalidade, estando reposta a ordem e segurança públicas, graças ao reforço das medidas de segurança.

Estão no terreno forças conjuntas constituídas por Unidades de Intervenção Rápida, Polícia de Fronteira e de outras especialidades, incluindo a brigada central.

“O que se pretendia era impedir o desacato, arremessos de pedras e demais armas brancas. Houve algumas balas perdidas e que acabaram tirando a vida a estes quatro concidadãos”, disse.

Segundo Dina, a manifestação foi ilegal, pois populares dirigiram-se ao Comando Distrital da PRM para buscarem esclarecimentos de um caso criminal ocorrido no dia anterior, mas que já estava a ser resolvido pelas autoridades competentes.

Os protestos terão tido origem no assassinato de um indivíduo que se dedicava à troca de dinheiro (câmbio),  com recurso a arma de fogo do tipo AK47, antecedido de roubo, na madrugada do dia anterior.

Foi na sequência da busca do esclarecimento deste crime de roubo e assassinato que a multidão partiu para a violência, não obstante ter havido tentativas de conversações entre as duas partes, alega o comando da Polícia moçambicana.

“Foi uma manifestação ilegal e tumultos antecedidos por desacatos às autoridades policiais. Houve um exercício bastante demorado e aturado de persuasão aos manifestantes para que não partissem para a violência em busca da justiça”, disse.

Dina anunciou a deslocação de uma equipa de nível central à Mandimba, constituída por oficiais seniores do Comando-Geral da PRM, para analisar as circunstâncias e buscar elementos que possam preencher o conjunto de medidas a serem desenhadas para estancar atos de violência daquela natureza.


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Escrito por: África 21 Digital

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