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Cabo Verde: ilha de Santo Antão aposta na captação de investimentos turísticos

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Um investidor belga, que atua no setor turístico, manifestou interesse em investir na Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, devendo visitar, ainda este ano, Tarrafal de Monte Trigo para analisar com os responsáveis locais pormenores dos investimentos.


África 21 Digital com Inforpress


Foto: Inforpress

O desejo do empresário, cuja identidade não foi revelada, em desenvolver projectos turísticos no Tarrafal de Monte Trigo, conhecido como “pérola do turismo” de Santo Antão, é resultado das recentes visitas do edil portonovense, Aníbal Fonseca, à Europa, com o intuito de promover Porto Novo, como destino de investimentos.

A Câmara Municipal do Porto Novo confirmou que este investidor já se comprometeu a visitar, ainda em 2017, Santo Antão, para conhecer, de perto, Tarrafal de Monte Trigo e a ilha, de uma forma geral, e discutir com as autoridades locais aspectos que se prendem com os investimentos em carteira.

Tarrafal de Monte Trigo, que oferece, ao longo de quase todo o ano, condições para a prática do turismo de trekking (natureza) e balnear, tem sido cobiçado por vários empresários, estando prestes a arrancar, neste “paraíso escondido”, um projecto, a cargo da empresa “Afrika Adventures” (Portugal), que incide na criação de um centro de promoção de actividades ao ar livre (mergulho, canoagem, coasterring e trekking).

O turismo, as energias renováveis, a agro-indústria e o sector alimentar são algumas das áreas que mais têm suscitado interesse dos empresários que procuram Porto Novo para investir.

As acções de promoção deste concelho, levados a cabo pelos responsáveis municipais, na última década e meia, fizeram com que Porto Novo tenha recebido importantes investimentos privados, destacando-se um hotel de quatro estrelas e várias unidades turísticas espalhadas pelo concelho, além da cimenteira (produção de cimento-pozolânico), entretanto paralisada em 2013.

Mais recentemente, Porto Novo tem sido alvo de cobiça de investidores em energias renováveis e dessalinização de água para agricultura, existindo excelentes perspectivas de este concelho receber, dentro de pouco tempo, importantes investimentos nesses sectores.

Brine Engineering Solution, uma empresa especializada na criação de modelos de investimentos nos domínios da energia, água e agro-indústrias, discute, nesta altura, com a edilidade portonovense um projecto que consiste na instalação, nos arredores da cidade do Porto Novo, de um parque solar de cinco mega watts.

Essa empresa, com sede em Londres, propõe ainda instalar no Porto Novo uma unidade de dessalinização de água com capacidade de produção de 3.500 metros cúbicos de água/dia, para a promoção da agricultura e pecuária.

Ainda em matéria de investimentos privados, Ilha Verde tem em vista a instalação, dentro de pouco tempo, de uma unidade de silos para armazenamento e comercialização de cereais no Porto Novo.

A administração da Ilha Verde, empresa cabo-verdiana, fundada em 1989, já apresentou à edilidade o seu projecto, que consiste na criação de silos para armazenamento e comercialização de milho, arroz, trigo, feijão e soja.

Além da montagem dos silos, Ilha Verde perspectiva ainda para Santo Antão o incremento de algumas indústrias agro-alimentares a partir de cereais, tais como óleo alimentar, aguardente tipo “Rum”, processamento do milho para uso alimentar, de entre outras.


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Escrito por: África 21 Digital

Último Comentário

  • Os investimentos estrangeiros serão benvindos se cada ilha tiver um plano de desenvolvimento bem estruturado para receber todos os projectos de desenvolvimento. Infelizmente continua a por-se o carro à frente dos bois e o ordenamento do território funciona como uma manta de retalhos autónomos com engrenagens de gestão obsoletas. Para quando um projecto de desenvolvimento integral?
    E porquê a insistência em decisões ad hoc em vez de projectos participativos? Os orgãos decisores não podem continuar a fazer o-que-acham-que-o-povo-precisa sem consulta popular e “trabalho de campo” sob pena de irmos acumulando no nosso pobre território barragens que não funcionam, guetos que apelidam de habitação social, quilómetros e quilómetros de estradas alcatroadas em detrimento de passeios confortáveis para os peões… Se menos de 20% da população é que tem acesso a carro próprio porque não é prioritário pensar nos mais de 80% da população que não tem um sistema de espaços públicos colectivos qualificados?

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