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Acesso à educação inclusiva em Moçambique continua insatisfatório, admite governo

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O ministério moçambicano da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) reconhece que o acesso à educação inclusiva ainda não é satisfatório, apesar dos esforços empreendidos nesse sentido no país.

África 21 Digital com agência


Falando durante um ‘workshop’ realizado, segunda-feira (16), em Maputo, sobre a educação inclusiva e necessidades especiais, a ministra Conceita Sortane disse ser preciso desenvolver ações de modo a tornar o ensino cada vez mais acessível.

“Embora o setor da educação esteja a registar melhoras significativas no que concerne a inclusão e acesso a educação, assistindo gradualmente as crianças e jovens com necessidades educativas especiais, ainda existe um universo educativo de crianças, jovens e adultos que não tem acesso a educação, o que nos preocupa”, reconheceu.

Sortane entende que é importante o envolvimento dos vários atores do ramo na busca por alternativas que estimulem a inclusão de pessoas com necessidades especiais.

“Nesta nossa caminhada para uma educação inclusiva, os investigadores, juntamente com os intervenientes desta área, são também chamados a estudar e a compreender toda uma complexa realidade dos alunos dentro e fora da sala de aulas”, exortou.

A ministra destacou o papel desempenhado pelo professor nesta ação de inclusão. “Estamos cientes de que o professor é a peça fundamental para o sucesso desta tarefa pelo que todas as instituições de formação de professores e de gestores são chamadas a garantir uma formação eficiente do professor para a melhoria da sua prática pedagógica no atendimento a crianças e jovens”.

Segundo Sortane, o maior desafio é promover a educação para todas as crianças, jovens e adultos, com igualdade de condições para o acesso e permanência na escola “sem nenhum tipo de discriminação, garantindo o desenvolvimento de competências, assim como de conhecimentos, habilidades e atitudes que respondam as necessidades do desenvolvimento humano”.

Por seu turno, a diretora residente do British Council, em Moçambique, Vivien Esslement, vincou a importância de se pautar por um ensino não segmentado, priorizando a inclusão.

“Acreditamos profundamente na importância da educação inclusiva e também apoiamos a ideia de que alunos ou crianças com necessidades educativas especiais devem ser incluídas no processo de ensino tradicional”.

No seminário, organizado pelo MINEDH, em parceria com o British Council, os profissionais dos diversos ramos da educação debateram estratégias que visam fortalecer a educação inclusiva e melhorar a situação de alunos com necessidades especiais nas escolas.


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Escrito por: África 21 Digital

Comentários recentes

  • Inclusão escolar consiste na ideia de todas as pessoas terem acesso, de modo igualitário, ao sistema de ensino. Não podemos continuar a tolerar nenhum tipo de discriminação social, principalmente em relação as condições físicas e psicológicas das crianças portadoras de deficiências.

    Actualmente, o principal foco da inclusão escolar são as crianças e adolescentes portadores de necessidades educacionais especiais (NEE), que normalmente apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica.

    Portanto, precisamos defender esta causa, desenvolvendo acções concretas para responder esta classe, especialmente na área da educação escolar, a começar pela formação especifica dos professores do ensino regular e especial.

    o programa de formação dos professores deve contemplar matérias que dizem respeito a educação de crianças com NEE de forma geral e especifica para que este seja munido de conhecimentos para perceber e atender tais crianças.

  • Bom dia.

    O Sistema Educacional Moçambicano prevê a possibilidade de um adulto abreviar o tempo de estudos, na busca de uma formação universitária tardia, por exemplo, realizando exames de suplência de matérias para a obtenção do certificado de conclusão do Ensino Secundário?

África 21 Digital