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“Brasil em mim”, o novo livro de Fernando Paulouro Neves

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O autor português, nascido no Fundão em 1947, apresenta em Belo Horizonte no dia 27 de outubro o seu mais recente trabalho, que passa por Minas Gerais, Brasília e Amazónia.


África 21 Digital com Portugal Digital


“Brasil em Mim”, o novo livro de Fernando Paulouro Neves, vai ser apresentado dia 27, pelas 18h30, na Livraria Ouvidor Savassi, em Belo Horizonte. O volume reúne “crónicas e navegações”, como chama o autor às narrativas, com uma geografia centrada em Minas Gerais, Brasília e Amazónia.

Fernando Paulouro Neves explica assim este seu livro: “Se há país que impõe a necessidade de fazer de cada viagem um regresso, esse é o Brasil. Não são apenas a imensidão continental do território e a sua matéria de diversidades que nos fazem abrir os olhos de surpresa para “a espantosa realidade das coisas”, como descoberta de todos os dias. Fascinante é, também, o pulsar criador de um país novo, com mais de duzentos e vinte milhões de habitantes; e de um povo capaz de erguer uma cultura original, plantada na pluralidade humana, com raízes antiquíssimas, como tão bem descreve Darcy Ribeiro na sua fabulosa história de O Povo Brasileiro. Gente: uma identidade feita de muitas cores, muitos saberes, ancestrais e modernos, de miscigenação de povos, de muitos falares e de muitos discursos, de floresta infinita, de cidades-metrópoles e de lugares inóspitos, perdidos em “veredas” do “grande sertão”, de rios que são mares interiores ou de mares exteriores que são caminhos marítimos de mundos planetários”.

“Brasil em Mim”, título inspirado na declaração de amor de João Guimarães Rosa à mineiridade, é um cruzamento de olhares sobre o Brasil, nascido de uma estada de três meses (entre 28 de abril e 30 de julho), numa geografia que teve o fulcro em Minas Gerais (Belo Horizonte, Ouro Preto e Diamantina), Brasília e a Baixa Amazónia, a partir de Santarém.

Fernando Paulouro Neves nasceu no Fundão, em 1947. Foi distinguido com o Prémio Gazeta de Mérito do Clube dos Jornalistas (2014) e com o Prémio Eduardo Lourenço (2017).

É autor, entre outras, das obras “A Guerra da Mina e os Mineiros da Panasqueira” (com Daniel Reis), “O Foral: Tantos Relatos, Tantas Perguntas”, “Os Fantasmas Não Fazem a Barba”, “Os Olhos do Medo”, “A Materna Casa da Poesia. Sobre Eugénio de Andrade”, “Crónica do País Relativo. Portugal, Minha Questão”, e “Fellini na Praça Velha”.


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