África 21 Digital com AIM
O Presidente Lungu disse a seus apoiantes que os juristas poderão mergulhar o país no caos se tomarem qualquer decisão “aventureira”, segundo escrevem os jornais zambianos Zambia Daily Mail e Times of Zambia.
Membros do partido Frente Patriótica, no poder, pediram ao tribunal supremo zambiano para confirmar que Lungu será elegível nas presidenciais de 2021.
Oponentes do partido governamental zambiano advertem que a Constituição zambiana impede líderes de concorrerem para três mandatos.
Lungu argumenta que o seu primeiro período na liderança do país não pode contar, por ter sido indicado sem que houvesse eleição, na sequência da morte do Presidente Michael Sata, ocorrida em Outubro de 2014.
Lungu afirmou possuir informações segundo as quais juristas estavam a considerar impedi-lo de concorrer nas próximas presidenciais no país.
“Estou a advertir os juristas, porque tenho informações que indicam que alguns querem ser aventureiros”, disse Lungu, sublinhando, porém, que “a vossa aventura não deverá mergulhar o país no caos”.
Lungu afirmou que não deveriam seguir o exemplo do Tribunal Supremo do Quénia, que anulou o resultado das presidenciais de Agosto último, nas quais o Presidente Uhuru Kenyatta foi declarado vencedor.
Até ao momento não há qualquer comentário do Tribunal Supremo zambiano sobre a advertência de Lungu. O tribunal deverá reunir-se no próximo dia 16 deste mês para abordar a questão das próximas eleições zambianas.
A Associação de Advogados da Zâmbia exortou o Presidente Lungu a retirar a sua advertência, afirmando que a mesma serve apenas “para minar a autoridade do sistema judicial e prejudicar a confiança do público na instituição”.