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Moçambique encerra três mesquitas por suspeita de incitamento à violência

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A Direção de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Cabo Delgado, norte de Moçambique, ordenou o encerramento, com efeitos imediatos, de três mesquitas localizadas na cidade de Pemba, em conexão com os ataques armados registados em Outubro passado no distrito de Mocímboa da Praia.

África 21 Digital com AIM


Álvaro Gonçalves, diretor provincial da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, diz que esta medida, que foi tomada pelo Governo, abrange apenas as mesquitas que tiveram contato com o grupo de indivíduos envolvidos nos ataques.

Assim, foram encerradas, por tempo indeterminado, as mesquitas localizadas nos bairros de Cariaco, na zona do Embondeiro, Alto Gigone e Chiuba.

“A decisão é irreversível e será extensiva a outras da cidade de Pemba e dos distritos de Chiure, Montepuez, Mocímboa da Praia, Palma e Nangade”, disse Álvaro Gonçalves, citado hoje pelo diário “Noticias”.

O assunto está a ser tratado em coordenação com o Conselho Islâmico e outras forças vivas da sociedade, disse Gonçalves, avançando que algumas das mesquitas poderão ser reabertas dependendo dos resultados das investigações em curso.

O sheik Nassurulahe Dula, do Congresso Islâmico, confirmou que as mesquitas visadas tiveram de facto contato com o grupo ora procurado pelas autoridades e que promoviam o fundamentalismo islâmico, orientação da qual a sua congregação se distancia completamente.

“Eles proíbem as crianças de ir à escola oficial, de ir aos hospitais, incitavam a população a abster-se de possuir documentos oficiais, desafiavam as autoridades policiais, atitudes que não fazem parte da doutrina do islão e nós não estamos a favor destes desmandos”, disse.

Segundo ele, Moçambique é um Estado com instituições a funcionar e não pode aparecer uma seita religiosa que ponha em causa esse pleno funcionamento institucional.

No dia 5 de Outubro último, um grupo de homens armados em número não especificado atacou três unidades policiais no distrito de Mocímboa da Praia.

Nos ataque foram mortos dois agentes da polícia e um ficou ferido tendo os assaltante se apoderado de armas de fogo em número não especificado e oito mil munições.

Presume-se que este mesmo grupo seja o mesmo que uma semana depois emboscou uma viatura da Polícia da República de Moçambique (PRM) na zona fronteiriça entre Mocímboa da Praia e Palma, matando três agentes policiais.

Na perseguição, a PRM abateu pelo menos 16 supostos integrantes deste grupo e capturou 12, tendo outros fugido para o distrito de Palma.


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