África 21 Digital com AIM
Enquanto isso, a polícia foi obrigada a bloquear uma área onde a oposição planeava convocar uma reunião, protestando contra a vitória eleitoral de Kenyatta.
A cerimónia de investidura de Kenyatta contou com a presença de pelo menos dez chefes de Estado e outros dignitários africanos, incluindo o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, que testemunhou o evento em representação do Presidente Filipe Nyusi.
Kenyatta ganhou a votação presidencial de 26 de Outubro último, que foi boicotada pelo líder da oposição, Raila Odinga, sob pretexto de que não seria livre e nem justa.
O Supremo Tribunal anulou as primeiras eleições presidenciais, realizadas em Agosto deste ano, evocando irregularidades. A eleição presidencial dividiu o Quénia, com os apoiantes de Odinga a sentirem-se excluídos do poder.
Os argumentos políticos muitas vezes incluem divergências étnicas, com os apoiantes de Odinga a ressaltarem que três dos quatro presidentes quenianos vieram de um mesmo grupo étnico, embora o país tenha 44 etnias reconhecidas.
Mais de 60 mil pessoas, na sua maioria apoiantes de Kenyatta, participaram do evento. Milhares de outras, irritadas por restrições impostas pela polícia, forçaram a sua entrada no estádio onde decorreu a cerimónia, o que obrigou agentes de lei e ordem a disparar gás lacrimogêneo.