Os controladores aéreos do recém-inaugurado Aeroporto Internacional Blaise Diagne (AIBD) de Diass, no Senegal, fizeram, sexta-feira (15), uma greve de 24 horas renováveis para protestar contra as suas condições de vida e de trabalho.
África 21 Digital com Panapress
Os grevistas reivindicam essencialmente melhores condições de trabalho, aumento do número de controladores aéreos e a revalorização do subsídio de transporte.
“Informamos as autoridades desde junho passado, mas não houve nenhuma reação. Devido à falta de efetivo, somos obrigados a redobrar e não temos tempo de repouso suficiente”, declarou o responsável de comunicação dos controladores aéreos do AIBD, Alioune Badara Diop.
“Guiamos todos os aviões que passam pelo espaço aéreo sobre Dakar. Levantamos antes de tudo uma questão de segurança. Não podemos cometer erros”, acrescentou.
Nenhum avião descolou nem aterrou desde a madrugada de sexta-feira devido à greve que afetou os passageiros.
“Garantimos o serviço mínimo. Só o avião presidencial, os aviões sanitários ou humanitários podem aterrar ou descolar”, afirmou Diop.
Inaugurado a 7 de dezembro, pelo Presidente senegalês Macky Sall, o Aeroporto Internacional Blaise Diagne está situado a cerca de 50 quilómetros a sudeste de Dakar, a capital senegalesa e substituiu o Aeroporto Internacional Leopold Sedar Senghor de Dakar (LSS), que se tornou num aeroporto militar.
Por seu turno, os trabalhadores da sociedade ferroviária “Dakar-Bamako Ferroviaire” iniciaram também esta mesma sexta-feira uma greve de 48 horas renováveis para reclamar pelo pagamento do seu salário do mês passado e a melhoria das suas condições de trabalho, entre outras exigências.