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Moçambique: líder da Renamo denuncia atividade de esquadrões da morte

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O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, denunciou a reativação de esquadrões da morte, com o aparecimento de novos casos de raptos e assassinatos e a descoberta de corpos ao abandono no centro de Moçambique. 


África 21 Digital com agências


Foto: Afonso Dhlakama, líder da Renamo

O presidente do principal partido da oposição em Moçambique disse, em declarações à agência Lusa, que durante as últimas duas semanas pelos menos oito corpos, de pessoas raptadas e assassinadas, foram encontrados ao abandono nos distritos de Cheringoma e Gorongosa (Sofala) e Muda Serração (Gondola, Manica), em zonas de larga influência da Renamo.

“Já começam aqui em Sofala e Manica a serem apanhados corpos de pessoas desconhecidas ao abandono, o que significa que o Estado moçambicano, o Governo da Frelimo está a reativar os esquadrões da morte”, afirmou à Lusa Afonso Dhlakama, em entrevista telefónica a partir da Gorongosa, onde está escondido há dois anos.

Dhlakama disse que a 23 de Dezembro, a 10 quilómetros do quartel de tropas governamentais em Nhamitanga, distrito de Cheringoma, a população seguiu rastos de viaturas e botas militares numa mata e descobriu três corpos abandonados.

Na semana passada, em Nhamapadza, numa zona limítrofe entre Maringue e Gorongosa (Sofala), prosseguiu Afonso Dhlakama, também foram descobertos três corpos ao abandono numa mata.

Há duas semanas, continuou, outros dois corpos foram descobertos por populares numa mata próxima a uma zona residencial, onde durante o auge do conflito político-militar em 2016, membros da Renamo foram raptados e assassinados.

“Ora isto é aquilo que tínhamos no ano passado, a mesma perseguição política que foi desencadeada com raptos e assassinatos”, disse Afonso Dhlakama, lembrando que declarou uma trégua há um ano para “parar com raptos e assassinatos”, além de ataques a viaturas civis e militares e edifícios públicos.

Centena de corpos foram encontrados abandonados em várias regiões do país durante o conflito politico militar em 2016, com a Renamo e o Governo a se acusarem mutuamente sobre os raptos e assassinatos dos seus membros. Angop/Lusa


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Escrito por: África 21 Digital

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