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Cabo Verde: Escola Portuguesa no Mindelo precisa de professores formados em Portugal

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A escola abriu as portas em 2016 com cerca de 30 alunos e, segundo a diretora, Ana Cordeiro, conta neste momento com 84 crianças.


África 21 Digital com Lusa


Foto:Angop/Arq


O número de alunos na Escola Portuguesa no Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, quase triplicou em menos de dois anos, disse à Lusa a diretora, que se debate agora com falta de professores formados em Portugal.

A Escola Portuguesa do Mindelo, um sonho antigo da comunidade, abriu as portas em 2016 com cerca de 30 alunos e, segundo a diretora, Ana Cordeiro, conta neste momento com 84 crianças em duas turmas de pré-escolar e duas do ensino básico.

“Neste momento, a escola está a crescer em número de alunos, um bocadinho acima daquilo que eram as nossas expectativas”, salientou a diretora, indicando que no próximo ano letivo deverá chegar à centena de alunos.

“Para o ano, teremos o 3.º ano do ensino básico e, assim, a cada ano irá aumentando o número de alunos”, prosseguiu, em entrevista à agência Lusa, na cidade do Mindelo.

Devido ao crescimento, a diretora salientou que a escola precisa de professores formados em Portugal, por estarem mais adaptados aos currículos e aos manuais portugueses.

“Precisamos de professores formados em Portugal, porque estão mais adaptados aos currículos portugueses. Um professor formado em Portugal dá-nos a garantia de que está perfeitamente integrado com os manuais e isso facilita muito”, considerou.

Segundo Ana Cordeiro, todos os atuais professores da escola são formados em Portugal, sendo quatro titulares, dois auxiliares de educação e um “número grande” para atividades extracurriculares, como dança, teatro, capoeira, inglês, canto ou expressão artística.

Na entrevista à Lusa, a diretora adiantou que a escola já abriu um concurso para recrutar mais um professor formado em Portugal, tendo em conta o alargamento dos anos de ensino previsto para o próximo ano.

Ana Cordeiro explicou que o desconhecimento da realidade cabo-verdiana cria alguma dificuldade inicial de atração de professores, mas que depois de esclarecidos sobre as condições a oferta acaba por ser superior à procura.

O responsável salientou que a questão tem a ver somente com o local de formação, uma vez que em relação à nacionalidade “não tem importância nenhuma”.

Seis mil portugueses

A abertura da Escola Portuguesa no Mindelo tornou-se mais urgente por causa do crescimento da comunidade portuguesa na cidade, neste momento com mais de seis mil inscritos no escritório consular, e da mobilidade das pessoas de outros países e ilhas.

Por isso, a diretora destacou a importância do estabelecimento de ensino e considerou que pode ser um atrativo para mais pessoas de outros países se instalarem em Cabo Verde e mais uma oferta “com outra qualidade” para os cidadãos cabo-verdianos.

“Muitos dos estrangeiros que às vezes gostariam de ficar e trabalhar aqui têm o problema do [ensino] dos filhos, de como será quando regressarem. Esta escola pode ser um atrativo para instalação de pessoas de outros países em Cabo Verde”, disse.


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