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Presidente da África do Sul cada vez mais isolado politicamente

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Cyril Ramaphosa, o novo presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, exprimiu preocupação face à recusa do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, deixar o poder, mesmo depois de ter sido afastado da liderança do ANC


África 21 Digital com Panapress


Cyril Ramaphosa, o novo presidente do Congresso Nacional Africano (ANC)

A reação de Ramaphosa segue-se ao adiamento, pela primeira vez na história do país, do discurso sobre o estado da nação que, em princípio, deveria ser pronunciado esta quinta-feira (8) e ao adiamento de uma reunião especial do Comité Executivo Nacional do ANC, onde Zuma deveria ser interpelado.

Há cada vez mais rumores segundo os quais Zuma busca uma amnistia para 783 acusações de fraude, de branqueamento de capitais e de roubo de que é alvo.

Num comunicado, Ramaphosa declarou-se “consciente de que a incerteza em torno da posição do chefe de Estado e do Governo é fonte de preocupações para numerosos sul-africanos” e confirmou estar a discutir diretamente com Zuma a transição e questões relativas ao seu futuro.

Sem detalhar as discussões com Zuma, Ramaphosa disse estar certo que o processo terá um resultado satisfatório para o público.

O novo líder do ANC declarou por várias vezes “procurar sempre uma saída condigna” para Zuma que deixou um partido profundamente dividido, depois de numerosos escândalos ao mais alto nível do Estado.

Paralelamente, a Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição oficial, pede agora que uma moção de destituição de Zuma seja votada com urgência, depois do adiamento do discurso do Presidente da República sobre o estado da nação.

“O Parlamento deve eleger um novo Presidente e isto deve ser feito  numa sessão especial do Parlamento na próxima semana. Uma coisa que não podemos adiar é demitir Jacob Zuma e eleger um novo Presidente. Isto deve ser feito na próxima semana”, declarou o líder da DA, Mmusi Maimane. Embora Zuma continue a ser o Presidente da África do Sul, já não é o líder do ANC.

Ironicamente, o seu antecessor, Thabo Mbeki, estava exatamente na mesma situação quando foi demitido das suas funções pelo ANC, o seu próprio partido, em 2008.


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