Angola e o Brasil querem estabelecer uma nova dinâmica e incrementar a cooperação bilateral. Delegações governamentais reuniram-se hoje em Luanda.
África 21 Digital com Angop
Foto: Lino Guimarães/Angop
A reabertura de linhas de financiamento do brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que foram suspensas devido à crise econômica e política brasileira, estão em destaque nas conversações.
Segundo informa hoje o jornal Estado de S. Paulo, o governo brasileiro voltará a dar garantias para o financiamento das exportações de bens e serviços destinados a Angola, com limite de US$ 2 bilhões de dólares.
Depois que Luanda atrasou pagamentos de empréstimos aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de empreiteiras brasileiras, nomeadamente a Odebrecht, a assinatura de um novo protocolo de entendimento marca a retomada da relação comercial entre os dois países, segundo o jornal .
O objetivo de incrementar as relações e a cooperação entre Angola e o Brasil foi reiterado nesta sexta-feira (09), em Luanda, pelo chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto, quando falava na abertura das negociações oficiais entre delegações dos dois países nas quais a parte brasileira foi liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira.
Manuel Augusto referiu que o encontro serviu para reafirmar o compromisso de continuar a fortalecer e aperfeiçoar os laços de amizade e de cooperação que unem os dois países e povos.
De acordo com o ministro, o encontro serviu para passar em revista o estado da cooperação e avaliar os resultados alcançados nos diversos domínios, bem como estancar os possíveis constrangimentos existentes que impedem o desenvolvimento harmonioso dessas relações.
“Estamos convencidos que essa visita irá contribuir para o seu engrandecimento, conferindo-lhe uma nova dinâmica que conduza os dois estados ao progresso e bem-estar comum”, disse.
Fez saber igualmente que Angola atribui um significado especial às relações existentes com o Brasil, que simbolizam um percurso cheio de realizações e um futuro promissor.
Isto, de acordo com Manuel Augusto, por existir vontade política e interesse vital do desenvolvimento da cooperação em áreas como energia, agricultura, agro-indústria, indústria transformadora, saúde, educação, ensino superior e económico-financeira.
Ainda no domínio económico, o ministro referiu que, apesar das dificuldades que os dois países enfrentam, os dois governos devem encontrar soluções viáveis para ultrapassá-las.