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Líder da Unita diz que liderança de João Lourenço inspira algum pessimismo

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O líder da Unita, maior partido da oposição ao governo angolano, do MPLA, disse, em entrevista à agência Lusa, citada hoje pelo angolano Novo Jornal, que o início da governação do presidente da República, João Lourenço, gerou “algum otimismo ou alguma expectativa positiva” junto do seu partido, mas que esse estado de graça está a dar lugar a “alguns laivos de pessimismo”.

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Isaías Samakuva, líder da Unita

De passagem por França, Isaías Samakuva  diz na entrevista que  já é tempo de a liderança de João Lourenço transformar o discurso em mudança. Apesar de reconhecer que é prematuro fazer um balanço da nova governação, Samakuva sublinhou que “algum otimismo ou alguma expectativa positiva” inicial “está a ganhar já alguns laivos de pessimismo”. “Está-se a levar tempo para se implementar algumas intenções que o Presidente prometeu”, o que faz com que o cepticismo se comece a instalar junto da população, disse o dirigente da Unita.
Samakuva diz ainda existir “algum desespero”, porque “as empresas continuam a falir”, e a situação económica, em vez de melhorar, revela “deterioração em cada dia que passa”. Como exemplo, apontou o desemprego, que “continua a aumentar”.
Isaías Samakuva referiu ainda que a prometida maior abertura da banca, em termos de concessão de crédito, continua adiada, da mesma forma que os hospitais evidenciam “as mesmas dificuldades do passado”, não só de equipamento mas também de medicamentos.
Neste contexto, o presidente da UNITA considerou que “quase que não há diferença nenhuma” entre ser oposição a José Eduardo dos Santos ou ser oposição a João Lourenço.
“Eles são do mesmo partido, conduzem-se consoante a atitude, a filosofia, a cultura desse mesmo partido. Por conseguinte, as diferenças serão apenas tácticas e, diria, quase que não há diferença nenhuma”, sublinhou, descartando qualquer simbolismo na decisão de afastamento dos filhos de José Eduardo dos Santos de empresas públicas.
“As pessoas estão-se a agarrar a este facto como algo extraordinário, mas eu não vejo nada de extraordinário nisso. O Presidente anterior saiu, veio um novo, naturalmente vai ter de trabalhar com pessoas que conhece, com pessoas da sua escolha. Penso que este é um exercício normalíssimo em qualquer organismo, em qualquer situação”, declarou.

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Escrito por: África 21 Digital

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