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Cabo Verde quer definir estratégia para turismo sustentável

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O ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde reafirmou hoje (21), na ilha do Sal, a necessidade de se definir uma estratégia para o desenvolvimento do turismo em Cabo Verde numa base de sustentabilidade a curto, médio e longo prazos.


África 21 Digital com Inforpress


José da Silva Gonçalves fez essas declarações, no ato de apresentação do Projeto Competitividade para o Desenvolvimento do Turismo, a que presidiu num dos hotéis da cidade turística de Santa Maria, na Ilha do Sal.

Financiado pela Associação Internacional para Desenvolvimento (IDA), do grupo Banco Mundial, em cinco milhões de dólares, o projeto visa promover um setor turístico “competitivo e diversificado” como base para uma nova fase de crescimento inclusivo do país e contribuir para melhorar a capacidade de atrair e gerir investimentos de médio e grande porte, que criem emprego e riqueza de forma sustentável na economia.

Analisando o ritmo de crescimento do turismo, cuja taxa média anual anda à volta dos 12 por cento, José Gonçalves admite que, se por um lado, isso é positivo, tendo em conta a expressiva contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB), por outro, este crescimento, disse, “tem constituído grandes preocupações” a nível social e ambiental.

“Sobretudo para ilhas do Sal e Boa Vista este crescimento demasiadamente rápido tem constituído grandes preocupações de ordem social e ambiental, que revelam sobejamente que, nessas duas ilhas, o presente ritmo de crescimento do turismo está num claro rumo de insustentabilidade”, acautelou.

Perante essa leitura, o governante focou a “necessidade imperiosa” de se estabelecer um quadro “estruturante” para orientar o desenvolvimento do turismo em todo o país, em sintonia com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável (PEDS).

Segundo o também titular da pasta da Economia Marítima, o turismo, a continuar a crescer neste ritmo “incomportável”, sem medidas mitigadoras e “sem rumo claro” de desenvolvimento sustentável, Cabo Verde no seu todo, corre “sérios riscos” de destruir os seus patrimónios material e imaterial que sustentam este destino tão procurado pelos turistas dos principais mercados emissores.

“É por isso que estão aqui presentes todos os principais atores e “stakeholders” neste encontro para criar a necessária sintonia para a fase de implementação do projeto que já vai bastante atrasado. Não há tempo que perder”, frisou.

Já a diretora regional do Banco Mundial, Louise Cord, destacou a importância do setor privado, em  fortalecer o ambiente de negócios, melhorar o “doing business”, entre outros aspectos.

“Este projecto vai disponibilizar recursos para apoiar o setor no sentido de melhorar o ambiente de negócio em Cabo Verde. Este projeto complementa outros projetos do Banco Mundial, no setor das finanças, como fundo de garantia para facilitar empréstimos a pequenas e médias empresas”, referiu, anunciando novas oportunidades para diversificar o produto turístico local.


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