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Partido no poder em Moçambique classifica pacificação do país como “irreversível”

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“Queremos muita seriedade por parte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e por parte de todos aqueles que são atores da sociedade moçambicana”, declarou o porta-voz da Frelimo.


África 21 Digital com Lusa


Foto: DW


O comité central da Frelimo, partido no poder em Moçambique, classificou hoje a pacificação do país como “irreversível” e pediu “seriedade” ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, nas negociações com o Presidente da República (e da Frelimo), Filipe Nyusi.

“Queremos muita seriedade por parte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e por parte de todos aqueles que são atores da sociedade moçambicana porque a questão da paz é irreversível”, declarou o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Caifadine Manasse.

Aquele responsável falava durante uma conferência de imprensa à margem de uma reunião do comité central que decorre na Matola, arredores de Maputo, desde sexta-feira e até domingo.

O tema das negociações de paz entre Nyusi e Dhlakama tem estado no centro dos debates, referiu.

Segundo o porta-voz, a posição oficial é a de que a Frelimo encoraja o chefe de Estado a prosseguir com as conversações com o líder da Renamo.

As bancadas da Assembleia da República e as comissões de trabalho do parlamento moçambicano estão a analisar uma proposta de revisão pontual da Constituição da República que prevê o aprofundamento da descentralização do país, como parte das negociações de paz entre Governo e Renamo.

O documento, apresentado pelo Presidente moçambicano, prevê que os governadores provinciais (em 2019) e administradores distritais (em 2024) deixem de ser nomeados pelo poder central para passarem a ser eleitos pelo partido mais votado nas respetivas assembleias.

Está também previsto que os presidentes dos concelhos municipais passem a ser eleitos desta forma, a partir das listas para as assembleias municipais, já a partir de outubro, em vez de haver uma votação autónoma para candidatos à presidência.

Reposicionamento à vista

O próximo ciclo eleitoral tem estado também em discussão pelo comité central, com o órgão a defender um reposicionamento do partido.

“A Frelimo tem de trabalhar e traçar estratégias olhando à atual conjuntura”, declarou Caifadine Manasse.

“Na conjuntura económica no nosso país há muita coisa que tem de ser ajustada para mantermos a estabilidade”, referiu, numa alusão à crise que se vive em Moçambique.

A intenção, acrescentou o porta-voz da Frelimo, é garantir bons resultados já nas eleições autárquicas de outubro.

No âmbito da análise do relatório sobre a atuação do Governo, a habitação e os transportes mereceram atenção especial, com o partido a pedir estratégias para superar os problemas que o país atravessa.


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Escrito por: África 21 Digital

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