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Portugal já é o quarto fornecedor europeu de vinhos importados pela China

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Embaixada de Portugal em Pequim promoveu uma prova de vinhos, na qual participaram, entre outros produtores, a Real Companhia Velha e a José Maria da Fonseca.


África 21 Digital com Lusa


Portugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do setor, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar.

“Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca.

A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR).

Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia.

No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do setor.

No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins.

“É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse.

A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”.

“Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou.

Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do setor.

Comércio eletrónico ajudou

O ‘boom’ no comércio eletrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média.

Dora Martins falava à margem de um evento organizado pela embaixada portuguesa em Pequim, que reuniu quase vinte jornalistas da imprensa estatal e revistas ‘Life&Style’ chinesas, e cerca de 60 profissionais do setor, incluindo distribuidores e representantes de restaurantes e hotéis locais.

O evento, que culminou com um concerto da fadista portuguesa Cuca Roseta, é o primeiro de uma iniciativa lançada pelo embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, visando promover a cultura e os produtos portugueses, e que se irá repetir ao longo do ano.

“Queremos promover produtos tradicionais e industriais. A área agroalimentar, mas também calçado, ourivesaria, componentes automóveis, mobiliário ou design”, revelou o diplomata à Lusa.


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Escrito por: África 21 Digital

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