A União Europeia (UE) apoia a política de sanções definida pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) contra 19 guineenses, defendendo uma resposta internacional coordenada à crise na Guiné-Bissau.
“A UE apoia totalmente os esforços da Cedeao para manter a estabilidade na Guiné-Bissau, incluindo a recente decisão de impor sanções àqueles que obstroem a aplicação do Acordo de Conacri”, salientou a mesma fonte.
A UE “apoia uma resposta unida e coordenada por parte dos parceiros internacionais, tal como pedido pela Cedeao, especialmente com a ONU e a União Africana”.
A mesma fonte reiterou também que “a crise política na Guiné-Bissau é muito preocupante”, salientando que a “persistência do bloqueio político põe em risco a segurança do país num momento sensível”.
A Constituição guineense prevê a realização de eleições nos próximos meses, sublinhando Bruxelas “não haver garantias de efetiva vontade das autoridades” de que sejam organizadas.
A Cedeao confirmou em 07 de fevereiro uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses, entre as quais o Procurador-geral da República, Bacari Biai, e um filho do Presidente guineense, José Mário Vaz.
A Cedeao impôs congelamento de bens, proibição de viajar e de participação nas atividades da comunidade.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, do Governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, em agosto de 2015.
Por falta de acordo entre as várias forças políticas, a Cedeao elaborou o Acordo de Conacri, que prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.