Uma especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu que Cabo Verde pode vir a ser usado como mentor para outros países africanos, no campo da vacinação.
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“Estamos a tentar identificar exemplos de sucesso de países que mostraram auto financiamento e alta cobertura de vacinação, e escolher um para ser o mentor para outros”, disse Messeret Shibeshi, do programa de vacinação da OMS para África, que falava no encontro regional da Cimeira Mundial de Saúde, que decorre em Coimbra.
Cabo Verde pode ser um dos exemplos a escolher para ser mentor, por estar “a financiar a 100% o seu programa de vacinação, disse.
Para a especialista etíope, o maior problema para uma cobertura universal da vacinação, em África, centra-se na falta de sistemas nacionais de saúde.
Para além disso, há falta de recursos humanos, necessidade de compromisso político “traduzido em acção” e a dificuldade em levar os recursos humanos para onde “eles são precisos”, nomeadamente nas áreas rurais, notou, citando ainda os problemas associados à logística.
O encontro regional da Cimeira Mundial de Saúde, que começou na quinta-feira, reúne mais de 700 peritos, num evento em que o tema central é a saúde global dos países africanos.
Na reunião, estão a ser apresentadas comunicações por cerca de 120 oradores de mais de 40 países, distribuídos por mais de 20 sessões de trabalho e quatro sessões plenárias, que vão abordar temas como a mortalidade infantil, cuidados de saúde após conflitos armados, doenças infecciosas, alterações climáticas, medicina digital, reversão da disseminação da malária, migração e saúde e acesso a vacinas.