“Este setor ainda é caracterizado por mais de 70% de microempresas informais. Este país precisa de muito mais empresas formais”, referiu Jaime Comiche, durante a VI Conferência e Exposição sobre Minas, Energia e Gás Natural, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Os megaprojetos, tais como as minas de carvão ou liquefacção de gás, são muitas vezes obrigados a importar equipamentos, consumíveis e serviços a fornecedores estrangeiros, por falta de empresas que lhe garantam essa oferta em Moçambique.

Com o incremento projetado de megaprojetos de gás natural e extração de minerais, abre-se uma janela de oportunidade, defendeu Comiche, em linha com o que tem sido detalhado por várias entidades do sector empresarial, em defesa do chamado “conteúdo local”, ou seja, aquilo que é produzido no país.

“Há necessidade de o ambiente de negócios melhorar para aumentar o número de empresas formalizadas”, sublinhou o representante da UNIDO.

A rede de Pequenas e Médias Empresas será necessária para os megaprojetos se refletirem em “mais emprego” e desenvolvimento sustentado, concluiu.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) defendeu em Janeiro que a aprovação da Lei sobre Conteúdo Local deve ser uma prioridade para o parlamento moçambicano, para garantir benefícios para as pequenas e médias empresas moçambicanas na indústria extractiva.

“A aprovação da Lei de Conteúdo local pelo parlamento deve ser uma prioridade nacional, pois só ela permitirá aos moçambicanos participar no desenvolvimento económico do país”, destacou a CTA.