Redes Sociais:
HomeNotíciaPolíticaBrasil: Procuradoria denuncia ao STF Lula, Gleisi, Palocci, Paulo Bernardo e Leones Dall’agnol

Brasil: Procuradoria denuncia ao STF Lula, Gleisi, Palocci, Paulo Bernardo e Leones Dall’agnol

Partilha

A Procuradoria-Geral do Brasil denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antônio Palocci, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o seu chefe de gabinete, Leones Dall’agnole, e o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar,  por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.  


África 21 Digital com Agência Brasil


Foto: Marcelo Camargo/ABr

Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a partir de delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Segundo a denúncia, a Odebrecht prometeu a Lula doação de US$ 40 milhões de dólares, o equivalente a R$ 64 milhões, em troca de decisões políticas para beneficiar a empresa.

De acordo com a PGR, além dos depoimentos de delação, foram colhidos nas investigações documentos, como planilhas e mensagens, fruto da quebra de sigilo telefônico.

Em contrapartida pela doação, a Procuradoria afirma que a Odebrecht foi beneficiada com aumento da linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com Angola, país onde a empreiteira tem negócios, no valor de R$ 1 bilhão.  A autorização foi assinada por Paulo Bernardo, então ministro.

A Procuradoria sustenta que os acusados formavam uma organização criminosa. Lula, Paulo Bernardo e Palocci faziam parte do núcleo político. Marcelo Odebrecht – também denunciado e um dos delatores – fazia parte do núcleo econômico, e o chefe de gabinete da senadora, Leones Dall’agnol, também denunciado, integrava o grupo administrativo.

Conforme a denúncia, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo aceitaram receber parte do dinheiro vindo da Odebrecht, em 2014, via caixa 2, como doação eleitoral de R$ 5 milhões, que teriam sido recebidos por Leones.

“Dos cinco milhões, Gleisi Helena Hoffmann, Paulo Bernardo e Leones Dall’Agnol comprovadamente receberam, em parte por interpostas pessoas, pelo menos três milhões de reais em oito pagamentos de quinhentos mil reais cada, a título de vantagem indevida, entre outubro e novembro de 2014″, diz a PGR. Gleisi foi acusada de lavagem de dinheiro por declarar à Justiça Eleitoral uma despesa inexistente de R$ 1,8 milhão desse valor obtido.

Com base dos depoimentos, nas investigações policiais e nos documentos apreendidos, a Procuradoria pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação do ex-presidente Lula, dos ex-ministros e do chefe de gabinete por corrupção passiva; a condenação de Marcelo Odebrecht, por corrupção ativa; o pagamento, por Lula, Paulo Bernardo e Antonio Palocci, de R$ 40 milhões e outros R$ 10 milhões a título de reparação de danos, material e moral coletivo; o pagamento, por Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e pelo seu chefe de gabinete, Leones Dall’agnol, de R$ 3 milhões como ressarcimento pelo dano causado ao erário.

O Partido dos Trabalhadores (PT) repudiou a denúncia da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Antônio Palocci.

Por meio de sua assessoria, o PT afirmou que Dodge “atua de maneira irresponsável, formalizando denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros”.

De acordo com o comunicado, o MPF tenta criminalizar a legenda, “citando fatos sem o menor relacionamento de forma a atingir o PT e seus dirigentes”. A nota aponta incongruência da denúncia, pois as acusações tentariam ligar decisões de 2010 à campanha de Gleisi Hoffmann ao senado no estado do Paraná.


Partilha

Nenhum comentário

Desculpe, o formulário de comentários está fechado neste momento.

África 21 Digital