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Presidente de Moçambique garante construção da paz com nova liderança da Renamo

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O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, garantiu hoje que a “construção da paz” vai continuar com a nova liderança da Renamo. Nyusi assumiu o compromisso ao fazer, nesta quarta-feira (09), na Beira, o elogio fúnebre ao presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, no largo da estação ferroviária da cidade.


África 21 Digital com Lusa


Filipe Nyusi, presidente de Moçambique

Nyusi classificou Dhlakama como uma figura com “páginas indeléveis” na história de Moçambique e considerou que a sua morte não deve ser “um revés” nos acordos que estavam a ser alcançados.

Antes, na mensagem da família, Ivone Soares, líder parlamentar da Renamo e sobrinha de Dhlakama, disse que o antigo guerrilheiro foi eleito Presidente da República nas primeiras eleições multipartidárias em 1994 e não Joaquim Chissano, pela Frelimo – numa alusão à fraude alegada pela Renamo.

Ivones Soares reafirmou uma ideia deixada aos jornalistas no sábado: “não se acobardem, sejam Dhlakama”, numa intervenção que acabaria por ser a mais aplaudida da manhã.

Dhlakama acordou com Nyusi, desde final de 2016, um cessar-fogo nas hostilidades no centro do país entre o braço armado da Renamo e as forças armadas moçambicanas.

Ambos iniciaram conversações diretas que levaram o chefe de Estado por mais que uma vez ao refúgio do Presidente da Renamo, na Serra da Gorongosa, e que, segundo ambos, estavam bem encaminhadas para se alcançar um novo acordo de paz.

Depois das cerimónias fúnebres públicas de hoje, Afonso Dhlakama vai ser sepultado na quinta-feira na sua terra natal, Mangunde, cerca de 300 quilómetros a sudoeste da Beira.

O Governo moçambicano anunciou na sexta-feira que o presidente da Renamo receberia um funeral oficial ao abrigo do estatuto de líder da oposição.

Dhlakama morreu na quinta-feira, na Serra da Gorongosa, na sequência de doença.

A cerimónia na Beira

A urna de Afonso Dhlakama chegou ao princípio da manhã desta quarta-feira ao largo da estação ferroviária da Beira.

O carro funerário deu entrada no recinto, especialmente preparado para o efeito, às 08:53 locais, numa altura em que o espaço se encontrava parcialmente preenchido e em que várias pessoas ainda se dirigiam a pé para o largo.

O cortejo fúnebre escoltado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) percorreu parte da cidade desde a capela do Hospital Central da Beira até ao local, onde o corpo do líder da oposição é velado por quatro membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Durante a cerimónia houva a apresentação de condolências à família por várias figuras públicas, políticos, membros do corpo diplomático, entre outras personalidades.

 


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