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Ministro da Comunicação de Angola ensina dirigentes do Ministério do Interior a não ficarem “nas mãos dos jornalistas”

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O ministro angolano da Comunicação Social, João Melo, antigo jornalista e empresário, fez uma série de recomendações a dirigentes do Ministério do Interior sobre como agir para não ficarem “nas mãos de jornalistas”. 


África 21 Digital com Angop

                         Foto: Alberto Julião/Angop

“Não devem ceder a chantagem e a extorsão de pseudo-jornalistas que existem na nossa sociedade. O nosso conselho é não ceder a chantagem, se não ficamos nas mãos dos jornalistas”, alertou o governante, quando dissertava sobre a “comunicação e segurança pública num Estado Democrático e de Direito”, dirigido aos quadros e dirigentes do Ministério do Interior.

O governante aconselhou os quadros daquele ministério, que tutela as forças policiais angolanas, entre outras atribuições , a gravarem eventuais tentativas de extorsão e chantagem, de modo a encaminhar aos tribunais aquelas pessoas que enveredam pela extorsão e chantagem.

João Melo recomendou aos dirigentes que não corrompam os jornalistas. “Na gíria jornalística, diz-se o seguinte: o jornalista quer duas coisas, ou informação ou dinheiro. O problema é quando nos enganamos e vamos dar dinheiro a quem quer informação ou o contrário. Como é difícil saber, o nosso conselho é não ir para essas práticas”.

Sobre a palestra, o ministro defendeu uma maior abertura dos órgãos de segurança pública à sociedade, antecipando-se sempre na divulgação da informação.

O ministro explicou aos dirigentes e quadros do Ministério do Interior (MININT) que a não observância da rapidez e antecipação na divulgação da informação, pode fazer com que os órgãos de segurança pública corram riscos de serem ultrapassados, nessa era da globalização.

Recomendou uma atividade mais pró-ativa para se ter sucesso, ou seja, os órgãos de segurança pública devem ser os primeiros a noticiar a sua perspectiva, porque quem sair na dianteira, divulgando o facto sobre sua perspectiva, sai logo em vantagem e impõe a sua versão.

Face à complexidade da sociedade cada vez mais informada, João Melo advertiu que os problemas não devem, em princípio, ser escondidos, exemplificando que se a criminalidade está a aumentar, deve-se dizer, porque o cidadão já sabe e vive os tais problemas.

“Deve-se, às vezes, quando a necessidade obrigar, omitir mas nunca mentir, por não ser uma boa estratégia de comunicação. Dá resultados, mas só a curto prazo e não recomendo”, aferiu, destacando a importância da comunicação na prevenção de crimes.

Sugeriu ainda a necessidade de  potenciar os Gabinetes de Comunicação Institucional e Imprensa, planificar as ações de comunicação, recorrer a agências e especialistas, assim como gabinete de risco, para se ter sucesso na estratégia de comunicação.

“A comunicação não faz milagre, por mais ágil e brilhante que seja, o determinante é fazer as coisas bem ou demonstrar à sociedade que estamos a nos esforçar para fazer as coisas bem”, finalizou.


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