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Angola reafirma empenho para estabilizar a República Democrática do Congo

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Angola continuará a fazer tudo no sentido de ajudar as autoridades e o povo congolês democrático a viver em harmonia, num ambiente único que pode proporcionar o desenvolvimento daquele país, informou o Chefe de Estado angolano, João Lourenço.


África 21 Digital com Angop


Foto: Francisco Miúdo / Angop


“A RDC tem mais de 2.500 quilómetros de fronteira com Angola. Só por esta razão, é do interesse de Angola que haja estabilidade no país vizinho”, disse durante uma entrevista à cadeia televisiva europeia Euronews.

Para o estadista angolano, por razões de diversa ordem, a República Democrática do Congo (RDC) não está a capitalizar ao máximo as potencialidades que tem.

Na RDC existe um acordo entre o Executivo e a oposição, mediado pela Igreja Católica, que obriga a realização de eleições livres, com o 23 de Dezembro próximo como data consensual, e a não apresentação do actual Presidente da República como candidato ao pleito.

Segundo o presidente angolano, tudo quanto se quer, é que esse acordo seja cumprido, porque o não cumprimento do mesmo pode levar a convulsões políticas e sociais no território da RDC, que não serão agradáveis para os congoleses e os próprios vizinhos.

“Esta preocupação não é só de Angola. De uma forma geral, de todos os outros vizinhos, somos nove, ao todo, que fazemos fronteira com a RDC, e acompanhamos com atenção o desenvolvimento da situação”, explicou.

Questionado sobre o que fazer, caso o referido acordo falhe, o Presidente afirmou que “somos nove países à volta, não seria só Angola a sofrer. É isso que queremos evitar, portanto é sempre melhor prevenir do que remediar e estamos a trabalhar nesse sentido, estamos a conversar com alguma frequência, com alguma regularidade com o Presidente Joseph Kabila”

“Estamos disponíveis a continuar a aconselhá-lo, não passa disso, são só conselhos, e ele é livre de aceitar ou não aceitar os nossos conselhos”, aferiu o estadista, acrescentando que “se nós dissemos que queremos a estabilidade, então tudo o que viermos a fazer será no interesse da estabilidade, para todos”.

Não há razão para um “afropessimismo”

Por outro lado, João Lourenço falou das perspectivas de desenvolvimento do continente africano, afirmando que o “afropessimismo” não tem razão de existir.

“Por muito em baixo que nós estejamos, temos sempre o direito e a obrigação de sonhar alto, de pensar que, dependendo sobretudo do nosso trabalho e não só – mas também da cooperação internacional, – o nosso continente vai florescer”, referiu, dando como exemplo de ascensão a China.

O Chefe de Estado realizou de 28 a 30 de Maio último uma visita oficial de três dias à França, no quadro do reforço da cooperação existente. Esta foi a primeira deslocação oficial de João Lourenço, no cargo presidencial desde 26 de Setembro de 2017, a um país da Europa.

Quatro acordos de cooperação foram rubricados nos domínios da agricultura, defesa, entre outros.

João Lourenço fez-se acompanhar da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, e de membros do Executivo.


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