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Financiamento às empresas cabo-verdianas facilitado a partir de julho

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A informação foi avançada este sábado, no Porto Novo, pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, durante um encontro com os operadores económicos de Santo Antão.


África 21 Digital com Inforpress


O acesso ao financiamento por parte das micro, pequenas e médias empresas em Cabo Verde deixará, a partir de julho, de ser uma restrição com a operacionalização do fundo de cinco milhões de contos para os próximos três anos.

A informação foi avançada este sábado, no Porto Novo, pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, durante um encontro com os operadores económicos de Santo Antão, em que as dificuldades de acesso ao financiamento foi uma das questões levantas por parte dos empresários locais.

“Aqui em Santo Antão, os bancos não acreditam nos empresários. Fazem tantas exigências e acabam ainda assim por não confiar nos operadores”, lamentou o comerciante Paulo Guilherme, que falou ainda da morosidade na administração pública, como sendo um outro problema que condiciona os empresários nesta ilha.

Em resposta, Olavo Correia avançou que o Governo tem criado todas as condições para, já a partir de Julho, injectar à economia os cinco milhões de contos para o financiamento das micro, pequenas e medias empresas (MPME), tendo ainda conseguido mobilizar 15 milhões de dólares norte-americanos para a criação do fundo de garanta parcial, além de pretender bonificar os juros até 50%, em caso de investimentos estruturantes.

“Ou seja, a questão do financiamento deixará, a partir Julho, de ser uma restrição”, notou o governante, reafirmado o propósito do Governo em operacionalizar o fundo de apoio às MPME a partir do próximo mês, para facilitar o acesso dos operadores ao financiamento das suas actividades.

Impostos e burocracia

Além disso, os empresários se queixaram ainda da falta de incentivos, dos elevados impostos que estão sujeitos a pagar, da burocracia na administração pública e da concorrência desleal.

“Onde estão os incentivos prometidos aos empreendedores pelo Governo. O discurso pode ser bonito, mas o facto é que na prática, não há quaisquer incentivos. Há sim elevados impostos que somos obrigar a pagar”, disse, por sua vez a empresária Osvaldina Sousa.

Em relação aos impostos, o ministro das Finanças lembrou que o sistema fiscal tem estado a melhorar, nos últimos dois anos, em Cabo Verde e prometeu até 2019, normalizar todo esse quadro, que passa pela redução das contribuições fiscais, mas também pelo alargamento da base tributária.

Olavo Correia termina hoje uma visita de dois dias a Santo Antão, onde, além de encontros com os empresários, procedeu também à abertura da feira agropecuária desta ilha e à inauguração de obras de requalificação urbana.


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