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Angola introduz carta de crédito para facilitar acesso a divisas

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O Banco Nacional de Angola (BNA, central) anunciou um novo instrutivo para facilitar a aquisição de divisas por parte dos empresários importadores e exportadores de mercadorias, por via de uma carta de crédito.


África 21 Digital com Panapress


O governador do BNA, José de Lima Massano, explicou, quarta-feira (20), que a carta de crédito, a ser dirigida ao banco central,  é o instrumento utilizado no comércio internacional na aquisição de mercadorias.

“Estamos num exercício de diversificação da nossa economia e das nossas fontes de acesso à moeda estrangeira e essas exportações vão beneficiar o exportador e a economia nacional”, disse o governador citado pelo diário estatal Jornal de Angola.

José de Lima Massano explicou, num encontro com os empresários, que o novo instrutivo tem como objetivo garantir maior estabilidade macroeconómica e fluxo da moeda estrangeira no mercado nacional.

“Tivemos um período com inúmeras operações cambiais atrasadas sem capacidade para atender a procura”, disse o governador, para acrescentar que o que se quer é um ambiente mais estável da atividade económica no país.

O governador informou que, recentemente, se fez um levantamento de processos cambiais de empresas que aguardavam desde finais de 2014 e os números “são de grande preocupação.

“Estamos a atender, todos os casos, e a nossa expetativa é resolver em definitivo todos os casos até agosto”, disse, acrescentando que têm dialogado com os parceiros no exterior para proporcionar ao país um novo momento de estabilidade.

Na ocasião, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, afirmou que o novo instrutivo beneficia os empresários, na medida que as operações cambiais vão ser processadas de forma transparente.

“Esta forma do BNA, de ouvir as preocupações dos empresários, garante uma supervisão direta, ativa e mais atuante”, disse, para ressaltar que, apesar da pouca divisa no mercado nacional, as novas medidas vão garantir a criação de uma economia mais eficiente.

Manifestou-se ainda satisfeito com a introdução do novo instrutivo, porque, no seu entender, vai acabar com a existência de empresas que intermediavam o acesso aos cambiais, agravando os custos de importação e exportação de mercadorias de 15 a 20 porcento.

Por seu turno, o presidente da Comunidade das Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola (CEIA), Agostinho Kapaia, também louvou a iniciativa, que “vai gerar maior estabilidade macroeconómica e permitir que as empresas contribuam para reduzir a inflação”.


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Escrito por: África 21 Digital

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