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Afreximbank dá ajuda de US$ 1,25 bi às exportações da Nigéria

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O Afreximbank vai disponibilizar 750 milhões de dólares para o Banco da Indústria nigeriano e mais 500 milhões para a construção da maior refinaria africana.


África 21 Digital com Lusa


Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas

O presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) assinou no sábado dois acordos, no valor total de 1,25 mil milhões de dólares, para potenciar as exportações da Nigéria e para ajudar na construção da refinaria petrolífera local.

Os acordos, assinados pelo presidente do Afreximbank, Benedict Oramah, por um lado, e pelos líderes do Banco da Indústria da Nigéria e o mais rico empresário africano, Dangote, acontecem num contexto de debate interno na Nigéria sobre a adesão, ou não, ao acordo de livre comércio continental (CFTA, no original em inglês).

O Afreximbank vai disponibilizar 750 milhões de dólares para o Banco da Indústria nigeriano e mais 500 milhões para a construção da maior refinaria africana, na Nigéria, um investimento de 15 mil milhões de dólares que deve começar a funcionar no princípio da próxima década.

A cerimónia de assinatura dos acordos aconteceu logo depois do discurso de Benedict Oramah sobre as atividades do banco no ano passado, na qual o banqueiro procurou apresentar as linhas mestras da atividade desta instituição financeira centrada no apoio às trocas comerciais.

“África renasceu das cinzas no final do século passado, quando havia 14 guerras civis ativas e todos os grandes bancos estavam a sair de África”, lembrou o presidente do banco que comemora este ano os 25 anos de existência.

“A relevância deste vosso banco foi testada nos últimos dois anos, quando os impactos do choque das matérias-primas perturbaram as economias e o acesso ao financiamento”, disse, vincando que nesse período o Afreximbank lançou uma linha de financiamento contracíclica que deu 9,5 mil milhões de dólares às economias africanas, incluindo 2.000 milhões de dólares para Angola entre 2015 e 2017.

“Nós chegamo-nos à frente quando os outros bancos recuam”, disse Oramah a uma plateia que incluía os acionistas do banco e os empresários e agentes do setor financeiro que participaram nos Encontros Anuais do Afreximbank, que hoje terminam.

Aos acionistas, Oramah também deixou boas notícias: “As nossas receitas subiram 25% para 645 milhões de dólares e o lucro aumentou 34% para 220 milhões”, enquanto as dificuldades de pagamento ou crédito malparado representaram 2,5% do total, o que equivale a um aumento de 0,1 pontos percentuais em 2017.

Sobre os desafios para o futuro, o presidente do Afreximbank destacou a potencial guerra comercial entre os Estados Unidos e outras economias e os impactos da política monetária da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu.

O Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorrem até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, 1993. Tem um capital de 11,9 mil milhões de dólares e está sedeado no Cairo.

Os acionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e subregionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, para além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.


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Escrito por: África 21 Digital

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