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Guerra comercial pode abrandar crescimento mundial para 3,2% em 2020, adverte o FMI

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O Fundo Monetário Internacional alertou que, se a guerra comercial entre os Estados Unidos e os maiores parceiros se concretizar, o crescimento económico mundial pode abrandar 0,5 pontos percentuais em 2020, para 3,2%.


África 21 Digital com Lusa


“O risco de escalada nas atuais tensões comerciais, com efeitos adversos na confiança, no preço dos ativos e nos investimentos, é maior risco de curto prazo para o crescimento mundial”, disse o diretor do departamento de pesquisa do FMI, Maury Obstfeld, na apresentação, segunda-feira (16), da atualização do relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais.

Na apresentação do documento, hoje divulgado em Washington, Maury Obstfeld revelou que a projeção atual de 3,7% de crescimento económico mundial em 2020 pode abrandar para 3,2% do PIB, sendo que os Estados Unidos, “sendo o foco de retaliação global, irão encontrar-se numa situação especialmente vulnerável, já que uma percentagem relativamente alta das suas exportações terá tarifas mais altas”.

Na atualização ao relatório de abril, o diretor do departamento de pesquisa do FMI salientou que o Fundo mantém a previsão de crescimento mundial para este e o próximo ano nos 3,9%, mas alerta que “os riscos de os números se deteriorarem são mais elevados, mesmo a curto prazo”, muito por culpa da política comercial norte-americana, apontam.

“Evitar medidas protecionistas e encontrar uma solução de cooperação que promova o crescimento continuado nas trocas de bens e serviços continua a ser essencial para preservar a expansão global”, lê-se no relatório, que acrescenta que “as políticas e as reformas devem ter como objetivo sustentar a atividade, aumentar o crescimento de médio prazo e melhorar a inclusão”.

No entanto, concluem, “com uma reduzida margem e com os riscos a aumentarem, muitos países devem, por isso, construir folgas orçamentais para criarem espaço político para a próxima curva descendente do ciclo e fortalecer a resiliência financeira a um ambiente que pode ser marcado por uma maior volatilidade dos mercados”.

Para a zona euro, o FMI reviu em baixa a previsão de crescimento em 0,2 pontos para este ano e 0,1 pontos para 2019, antecipando agora um crescimento de 2,2% em 2018 e 1,9% no próximo ano.

“As previsões para o crescimento de 2018 foram revistas em baixa para a Alemanha e para a França no seguimento de um abrandamento da atividade económica maior do que o esperado face ao primeiro trimestre, e na Itália os juros da dívida soberana maiores e as condições financeiras mais apertadas no seguimento da incerteza política recente devem ter consequências para a procura interna”, aponta o FMI.


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