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Mudanças climáticas aceleram insegurança alimentar na África Austral

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Vinte e nove milhões de pessoas estão afetadas pela insegurança alimentar na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).


África 21 Digital com Angop

Foto: BM / Curt Carnemark

O número representa 14 porcento do total da população, segundo o relatório sobre o Estado de Insegurança Alimentar e Nutricional e Vulnerabilidade na África Austral.

O relatório foi compilado a partir dos resultados das avaliações de vulnerabilidade de 2018 e análise de 11 estados membros da SADC.

Segundo o documento, o número da população afetada pela insegurança alimentar no biénio 2018/2019 é 13 porcento maior, comparado ao período 2017/2018. O número caiu de 38 milhões para 27 milhões em 2016/2017.

Nos últimos dez anos, a população afetada pela insegurança alimentar na região permaneceu acima de 22,7 milhões. A proporção de crianças com atraso no crescimento está a aumentar em Angola, Botswana, RDC, Madagáscar, Moçambique, Seicheles e África do Sul, sendo que a RDC, Madagáscar, Moçambique e Zâmbia registam uma alta prevalência de baixa estatura acima de 40 porcento.

Quanto à produção de cereais, relatórios de nove estados membros da SADC sobre produção de cerealífera para o período de 2018/19 indicam que a região terá um excedente de cereais de seis milhões e 294 mil toneladas, contra sete milhões e 513 mil toneladas para os mesmos países no ano anterior.

O relatório aponta as mudanças climáticas como o principal factor por trás da insegurança alimentar e nutricional, dada a propensão da região a essas variações, indicando que, entre 2014 e 2016, a região sofreu a pior seca em 35 anos, causada pelo fenômeno El Niño.

Assim, a primeira safra de 2017/2018 foi afectada por um longo período de seca, de finais de Dezembro de 2017 a Janeiro de 2018 nas partes centrais da região, causando um impacto negativo significativo nas plantações.

O relatório de vulnerabilidade regional insta os Estados Membros a usar abordagens integradas de gestão de pragas e práticas específicas de contexto para gerir tais pragas, como a da lagarta do cartucho, o vírus da mancha castanha da mandioca, as doenças de necrose letal do milho, a gripe aviária, a febre aftosa, a Peste dos Pequenos Ruminantes (PPR), a peripneumonia contagiosa dos bovinos e a doença de Newcastle que afectam grande parte dos países da região.


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Escrito por: África 21 Digital

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