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Angola: Restos mortais de Savimbi podem ser exumados este ano

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A exumação e inumação dos restos mortais do líder fundador da Unita, Jonas  Savimbi, morto em combate em 2002, durante a guerra civil angolana, podem ocorrer este ano, segundo o presidente do principal partido da oposição, Isaías Samakuva.


África 21 Digital com Angop

Foto:DW/Arq

De acordo com o líder da UNITA, que falava à imprensa no final de uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço, “não vou mencionar dadas concretas (…) mas no que o senhor Presidente nos disse este ano o assunto ficaria resolvido”.

Para o presidente da UNITA, o importante é que o Governo continue disponível, o resto não conta.

Jonas Savimbi morreu em combate a 22 de Fevereiro de 2002, na comuna de Lucusse, e foi enterrado no dia seguinte, no cemitério municipal da cidade do Luena, sede provincial do Moxico.

O presidente da UNITA disse que, paralelamente à questão da exumação, que inclui no quadro da reconciliação nacional, será essencial que a inserção de viúvas no processo de pensões ou de reforma dos antigos militares, para reduzir as suas dificuldades.

Isaías Samakuva encorajou a política externa, ao mesmo tempo que pediu ao Executivo maior atenção às questões sociais e económicas do país, que, a seu ver, se agravam com o surgimento de greves, associada à falta de empregos.

Questionado sobre que propostas levou, respondeu que o Presidente deve ter ideias para ultrapassar as actuais dificuldades.

Falou da necessidade de os angolanos ultrapassarem as diferenças existentes, trabalhando num processo de inclusão para desenvolver o país e trazer prosperidade para os cidadãos.

Disse ter defendido um diálogo mais aberto entre todas as sensibilidades para que todos contribuam para a reconciliação nacional.

A União Nacional para a Independência Total de Angola, mais conhecida por seu acrónimo UNITA, é um partido fundado em 1966, no período colonial português, por dissidentes da FNLA e do GRAE (Governo de Resistência de Angola no Exílio), de que Jonas Savimbi, fundador da UNITA, era ministro das Relações Exteriores.

Durante a luta de libertação nacional, a UNITA combateu o MPLA e após a proclamação da independência por este partido, a 11 de novembro de 1975, prosseguiu a oposição armada aos governos dos presidentes Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, e de José Eduardo dos Santos. Já sob a presidência de Eduardo dos Santos e após a morte de Savimbi foi desenvolvido, com êxito, um processo negocial que pôs termo à guerra civil e possibilitou a reconciliação nacional.

Desde as primeiras eleições multipartidárias de 1992 que a UNITA se mantém como a segunda força política do país. Nas últimas eleições gerais de 2017 ganhas pelo MPLA, a UNITA conseguiu fazer eleger 51 dos 220 deputados. Em 2012 tinha 32 representantes na Assembleia Nacional.


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