Portugal Digital com Agência Brasil
As cúpulas de Podemos, PPS, DEM, Solidariedade e PR anunciaram, quarta-feira (10), que estavam liberando os militantes e lideranças para apoiar qualquer um dos dois candidatos. Já o PDT, cujo candidato Ciro Gomes ficou em terceiro lugar no primeiro turno, afirmou que defenderá a candidatura de Fernando Haddad para evitar “riscos à democracia” que o adversário supostamente representa. Um apoio “crítico”, na formulação do PDT.
Também a Rede, o partido de Marina Silva, anunciou na madrugada desta quinta-feira (11), que será oposição a qualquer governo saído da eleição presidencial, mas recomenda aos seus filiados e eleitores que não seja dado qualquer voto a Bolsonaro.
Entre os grandes partidos, o MDB também deve liberar seus filiados para escolher a posição no segundo turno, conforme avaliou ontem (10) o ministro da Secretaria de Governo de Temer, Carlos Marun.
Já o PTB anunciou que apoiará Jair Bolsonaro, enquanto PSOL, PPL e PSB decidiram defender a candidatura de Haddad e PP, Patriota, DC, PRB e PSDB manifestaram neutralidade.
O PPS decidiu pela “neutralidade”, alegando que Bolsonaro e Haddad trazem a marca de uma “conflagração que alimenta radicalismos políticos que ameaçam o próprio processo democrático”.
A opção de liberar os filiados foi também tomada pelo Podemos. Apesar da definição nacional, o candidato derrotado do partido, Álvaro Dias, divulgou um vídeo, afirmando que não existe hipótese de apoiar o PT.
Os partidos que compõem o bloco denominado Centrão também comunicaram a decisão de oficialmente liberar os correligionários. Nesta quarta-feira, DEM, Solidariedade e PR seguiram o mesmo caminho que a maioria das siglas já adotou, como PRB e PP. Para o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, é preciso que o candidato vitorioso governe com os mais qualificados e encontre uma solução para os mais de 13 milhões de brasileiros desempregados.
Com 13,3 milhões ou 12,47% dos votos à Presidência no último domingo (7), com a candidatura de Ciro Gomes, o PDT se reuniu ontem em Brasília para confirmar apoio crítico ao candidato petista. Segundo Carlos Lupi, presidente da sigla, Ciro Gomes não vai subir no palanque de Haddad e os pedetistas não pretendem fazer parte de uma eventual gestão do partido.
“Somos o partido dos cassados, dos oprimidos, dos exilados e dos mortos. É em nome desta memória que queremos alertar o povo brasileiro do risco que o Brasil corre elegendo essa personalidade que hoje engana o povo”, disse Lupi, em referência a Bolsonaro.