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Presidente de Moçambique apela à calma face a tensão em torno de resultados de eleições municipais

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou hoje à calma até à divulgação dos resultados definitivos das quintas eleições autárquicas de Moçambique, assinalando que o escrutínio foi um “exemplo eloquente de convívio democrático”.


África 21 Digital com Lusa


“Exortamos os moçambicanos a manterem a calma e o respeito pelas leis, enquanto aguardam o anúncio dos resultados definitivos”, disse o chefe de Estado moçambicano, durante uma declaração à nação na Presidência da República.

Para Filipe Nyusi, no escrutínio do dia 10 de outubro “venceu a democracia”, na medida em que os resultados preliminares mostram que “prevaleceu a vontade do povo”.

“Demos um exemplo eloquente de convívio democrático, ainda que se tenham registado alguns atos de violência que nós condenamos de forma veemente”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.

Além de congratular os órgãos eleitorais e os partidos políticos que participaram nas eleições, Filipe Nyusi destacou o trabalho da polícia moçambicana durante o processo, considerando que a corporação agiu de forma imparcial.

“Congratulo a Polícia da República de Moçambique por ter sabido manter a ordem e segurança e por ter impedido em alguns casos a ocorrência de atos de violência, protegendo o cidadão sem olhar para a cor partidária”, concluiu Filipe Nyusi.

As quintas eleições autárquicas de Moçambique decorreram no dia 10 de outubro nas 53 autarquias e vilas que cobrem parte do território moçambicano.

A plataforma de observação eleitoral Votar Moçambique, que junta sete organizações da sociedade civil do país, criticou, na quarta-feira, o processo eleitoral, denunciando a existência de “vários casos de intimidação” sobre jornalistas, eleitores e candidatos da oposição que provocaram “claras situações de violência eleitoral”, referiu.

“A polícia não teve um papel neutral”, disse Edson Cortez, diretor do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental moçambicana, acrescentando que membros do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), envolviam-se em violência e não eram detidos.

No mesmo dia, a Amnistia Internacional (AI) denunciou uma alegada “caça às bruxas” na província de Nampula, norte de Moçambique, com várias queixas de ameaças de morte depois da derrota do partido no poder, naquela região, nas eleições autárquicas.

“Esta é uma caça às bruxas pós-eleitoral que tem como alvo qualquer pessoa que expresse opiniões críticas do Governo e que seja suspeito de se associar ao principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), em Nampula “, referiu a AI, em comunicado.


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Escrito por: África 21 Digital

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