A primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, defendeu segunda-feira, em Luanda, uma parceira com Angola que promova o efetivo desenvolvimento dos dois países.
África 21 Digital com Panapress
Foto: Angop
Erna Solberg discursava na abertura do Fórum de Negócios Angola-Noruega, no âmbito da sua visita de 24 horas a Angola a convite do Presidente angolano, João Lourenço, na presença do ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel José Nunes Júnior.
A chefe do governo norueguês, que é a favor de uma parceria que contribua para o desenvolvimento económico e evite a vulnerabilidade aos preços do petróleo que afeta os dois países, apontou Angola como o principal parceiro da Noruega em África e considerou essencial a transferência de tecnologia para este país da África Austral.
Apelou às empresas do seu país para honrarem os seus compromissos, com o pagamento de impostos, de forma a ajudarem a melhorar as condições sociais do país de acolhimento.
A primeira-ministra disse esperar que, apesar de o petróleo ser a chave da cooperação com Angola, as trocas empresariais se estendam a outros setores, para permitir a criação de empregos com o envolvimento do setor privado, no sentido de alcançar as metas de Desenvolvimento do Milénio e da agenda 2063 da União Africana.
Erna Solberg considerou de interesse mútuo a cooperação nos domínios das energias limpas e das pescas, informando que dois terços das receitas do seu país provêm de indústrias baseadas na costa e no oceano.
Afirmou que a Noruega valoriza, nas relações com terceiros, o respeito pelo primado da lei e da boa governação, bem como a transparência, o combate à impunidade, ao nepotismo e à corrupção, essenciais para aumentar os índices de confiança dos investidores.
Manifestou apoio à criação da Zona Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), referindo que uma integração regional aprofundada pode providenciar oportunidades para o crescimento económico inclusivo do setor privado e criar empregos e novas oportunidades para Angola e a Noruega.
A Noruega criou um fundo de aproximadamente 50 milhões de dólares, para investir em Angola no setor dos petróleos, visando o aumento dos níveis de produção.