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Presidente de Cabo Verde visita a Holanda

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Jorge Carlos Fonseca lembrou na Universidade de Amesterdão que foi na Holanda que pela primeira vez uma banda cabo-verdiana produziu um disco em vinil.


África 21 Digital com Lusa


Foto:RTC/Arq

O Presidente da República de Cabo Verde, em visita oficial à Holanda, lembrou esta segunda-feira que neste país foi produzido o primeiro vinil de uma banda cabo-verdiana, no qual participaram “os grandes da música tradicional”.

Durante uma intervenção que decorreu na Universidade de Amesterdão, no primeiro dia desta visita, Jorge Carlos Fonseca recordou os laços que unem os dois países e partilhou uma curiosidade relacionada com a música.

“Muitos dos que estão aqui hoje já ouviram, por certo, falar da nossa música, já a terão escutado e, talvez, até sabem pronunciar o nome da nossa diva, Cesária Évora, que transportou a nossa cultura, a nossa língua crioula, levando a palavra Sodade para os quatro cantos do mundo”, disse o chefe de Estado cabo-verdiano.

E acrescentou: “Mas o que poucos devem saber é que o primeiro vinil de uma banda cabo-verdiana foi produzido aqui. O disco chama-se ‘Cabo-verdianos na Holanda’ e nele participaram os grandes da música tradicional cabo-verdiana”.

Entre estes contavam-se “Frank Cavaquinho, os violões de Tazinho, Edmundo, Pirra e o enorme Djunga de Biluca, João Silva, um dos nossos emigrantes pioneiros neste país amigo que, mais do que um simples produtor de música, foi um ativista cívico e político que usou a música para divulgar a cultura de Cabo Verde na época da luta contra a colonialismo português em África, utilizando a Morabeza Records, fundada por ele, para editar depoimentos políticos de líderes do histórico partido PAIGC”.

“Não é por acaso que a temática da emigração cabo-verdiana para a Holanda esteja bem presente no imaginário das nossas gentes”, declarou.

“A música cabo-verdiana, sejam as composições mais animadas (coladeiras e funaná), sejam as mais nostálgicas como a morna – hoje candidata a Património Imaterial da Humanidade junto da UNESCO -, estão impregnadas da palavra Holanda, com referência honrosa a suas majestades, os reis, e ao povo, em geral, num gesto de reconhecimento e divulgação das vantagens da emigração, mas também de lamento e saudade da terra mátria e da separação forçada da família que ficava para trás”, prosseguiu.

Na terça-feira, o presidente cabo-verdiano vai encontrar-se com os presidentes do Senado dos Estados General e da Câmara dos Representantes dos Estados General.

Segue-se uma visita ao Tribunal Internacional de Justiça e ao Tribunal Penal Internacional, antes de uma receção do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

O primeiro-ministro irá oferecer um almoço ao chefe de Estado cabo-verdiano, durante o qual serão abordadas “questões sobre o desenvolvimento e o impacto das alterações climáticas nos pequenos estados insulares”.

A agenda inclui ainda uma visita ao World Port Center, em Roterdão, onde Jorge Carlos Fonseca poderá conhecer alguns aspetos da parceria e do trabalho realizado pelas polícias holandesa e cabo-verdiana no combate ao crime.

Um encontro com elementos da polícia holandesa de origem cabo-verdiana e uma visita aos serviços de controlo de emergência estão igualmente previstos.

O Presidente da República de Cabo Verde e o rei da Holanda irão ter um encontro com representantes de associações cabo-verdianas no estádio Sparta de Roterdão e visitarão uma escola de futebol, antes de um encontro com representantes da primeira geração de emigrantes cabo-verdianos na Holanda e com um grupo de empresários cabo-verdianos estabelecidos neste país.

À noite, o Presidente da República será o anfitrião de um concerto com a presença de artistas cabo-verdianos, no Terminal de Cruzeiros.


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Escrito por: África 21 Digital

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