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Missão da Cedeao visita Bissau para acompanhar preparação de eleições

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Geoffrey Onyeama, disse que a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está em Bissau para “dialogar” e garantir que o roteiro para legislativas guineenses é respeitado.


África 21 Digital com Lusa


“Identificámos alguns receios e estamos aqui para dialogar com todos os envolvidos (no processo eleitoral) e assegurarmo-nos de que o roteiro dos chefes de Estado da Cedeao será respeitado”, afirmou, quarta-feira (12), o chefe da diplomacia nigeriana, depois de um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz.

Geoffrey Onyeama chefia a missão ministerial da Cedeao que hoje chegou à capital guineense para analisar o processo para as eleições legislativas na Guiné-Bissau.

Segundo o ministro nigeriano, a missão pretende garantir que todos os votos dos guineenses são contados e que todo o processo é credível e transparente, mesmo a nível técnico.

“Que os equipamentos fornecidos funcionam bem e serão fiáveis para criar a máxima confiança do povo da Guiné-Bissau neste processo eleitoral e assegurar que a Cedeao continua comprometida”, afirmou Geoffrey Onyeama.

O líder da missão salientou que na Cedeao há a prática da boa governação e de boas eleições e que a “Guiné-Bissau não será uma exceção”.

Depois do encontro com o Presidente guineense, a missão da Cedeao esteve reunida com o primeiro-ministro. Durante a tarde, a missão terá encontros com os partidos políticos e representantes da comunidade internacional.

As eleições legislativas na Guiné-Bissau estavam inicialmente marcadas para o dia 18 de novembro, mas dificuldades na preparação do processo, nomeadamente atrasos no recenseamento eleitoral, levaram ao adiamento do escrutínio.

O recenseamento eleitoral também está a ser polémico e o Ministério Público guineense está a investigar alegadas irregularidades no processo.

No âmbito daquela investigação, o Ministério Público ordenou a suspensão dos trabalhos de recenseamento eleitoral, requisitou às forças de segurança para controlar as entradas e saídas do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral e para interditar a entrada de pessoas não autorizadas no edifício da Gtape.

Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República emitiu um comunicado à imprensa no qual afirma que nunca suspendeu o recenseamento eleitoral e que apenas ordenou a suspensão dos trabalhos do servidor principal.

Em resposta ao comunicado da Procuradoria-Geral da República, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, pediu ao Ministério Público para libertar as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral para que o recenseamento eleitoral prossiga.

“Se não ordenou, que deixe o pessoal do Gtape retomar o trabalho. A sede do Gtape é o cérebro. Se o cérebro não funciona, não estou a ver como um indivíduo pode ter reflexos, os reflexos partem do cérebro. Para ser coerente que liberte as instalações da Gtape que a Gtape possa continuar o seu trabalho”, afirmou Aristides Gomes.


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Escrito por: África 21 Digital

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