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Angola foi o país no sul de África com mais investimento externo direto até 2016

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Conjuntamente com Zimbabué e Sudão, Angola atraiu o maior número de projetos de investimento direto da China, entre o conjunto dos 54 países africanos.


África 21 Digital com Lusa


Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Angola foi o país do sul de África com mais investimento estrangeiro direto de 2000 até 2016, de acordo com dados compilados pela União Africana (UA) e Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No período de 16 anos analisado no relatório “Dinâmicas do Desenvolvimento em África – Crescimento, Emprego e Desigualdade 2018”, Angola registou 40% de investimento médio em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB).

Este registo médio, obtido no período da Presidência de José Eduardo dos Santos, foi superior em cerca de três pontos percentuais ao do Lesoto, enquanto a Zâmbia aproximou-se dos 37% e o Botsuana teve pouco mais de 32%.

Conjuntamente com Zimbabué e Sudão, Angola atraiu o maior número de projetos de investimento direto da China, entre o conjunto dos 54 países africanos.

Moçambique ficou muito perto dos 30% de investimento médio estrangeiro de 2000 a 2016 em percentagem do PIB, no sul de África, subregião dividida pela UA e que integra ainda África do Sul, Malaui, Namíbia, Suazilândia e Zimbabué.

Nesse período de 16 anos, o investimento externo direto representou 21.200 milhões de dólares (18.500 milhões de euros) em 2016, o que reflete um crescimento face a 2009, em que se ficou por 6.900 milhões de dólares (6.000 milhões de euros).

O estudo da UA e OCDE, realizado em 2018 pela primeira vez, constatou que o conjunto de 10 países do sul de África enfrentou “uma prematura desindustrialização” desde 2000 até 2016.

O processo de eliminação ou redução da capacidade ou atividade da indústria, em especial a pesada ou transformadora, desceu de 18,2% em percentagem do PIB, em 2000, para 12,6% em 2016, no sul de África.

O relatório, que analisa as políticas de desenvolvimento no continente, considera o sul de África a região mais aberta ao comércio no continente, tendo evoluído de 48% em percentagem do PIB desde o início da década de 1990 até 65%, em 2016, uma média de crescimento de 3% por ano, enquanto todo o continente cresceu 4,2%.

Na região sul do continente africano, o PIB cresceu 5,2% entre 2000 e 2008, mas abrandou para 2,6% entre 2009 e 2016, “fortemente afetado pela volatilidade dos preços e do investimento” no setor da extração do petróleo.

Desde 1990 até ao ano passado, o PIB per capita no conjunto de dez países do sul de África duplicou, com um aumento muito significativo a partir de 2000.

Em 1990, o valor do PIB per capita fixou-se em 3.491 milhões de dólares (2.900 milhões de euros), enquanto em 2000 foi de 3.910 milhões de dólares (3.400 milhões de euros), fechando 2018 com 7.067 milhões de dólares (6.100 milhões de euros).

O estudo “Dinâmicas do Desenvolvimento em África – Crescimento, Emprego e Desigualdade 2018” foi elaborado pela primeira vez, com o propósito de abordar as relações entre crescimento, emprego e desigualdade em África e as implicações nos quadros estratégicos.


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Escrito por: África 21 Digital

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