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Tribunal de Maputo decreta prisão preventiva para sete dos nove detidos no caso das dívidas ocultas

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O Tribunal Judicial de Maputo decretou a prisão preventiva de sete dos nove detidos nos últimos três dias no âmbito da investigação às dívidas ocultas do Estado.


África 21 Digital com Lusa


Ndambi Guebuza, filho do ex-presidente moçambicano Armando Guebuza, ainda não foi apresentado a um juiz e Elias Moaine, sobrinho da secretária pessoal do antigo chefe de Estado, viu-lhe concedida a liberdade sob caução de um milhão de meticais (cerca de 14 mil euros).

As audições decorreram durante todo o dia de sábado (16) nas instalações judiciais, na baixa da capital moçambicana.

Ficam em prisão preventiva António do Rosário, administrador-delegado das três empresas públicas no centro do escândalo (Ematum, Proindicus e MAM), Gregório Leão, ex-diretor do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), a “secreta” moçambicana, Bruno Tandade, operativo daquele serviço de informações, Inês Moiane, secretária pessoal de Armando Guebuza – Presidente da República quando o Estado avalizou secretamente os empréstimos -, e Teófilo Nhangumele, alegado promotor junto de Moçambique da ideia de criar as empresas e contratar o financiamento.

Além destes cinco, detidos na quinta-feira, ficam também em prisão preventiva Sérgio Namburete e Sidónio Sitoe, presos na sexta-feira no âmbito da investigação aos empréstimos contraídos secretamente entre 2013 e 2014, durante o mandato presidencial de Guebuza, no valor de 2,2 mil milhões de dólares.

Estas nove detenções são as primeiras feitas pela justiça moçambicana após três anos e meio de investigação e aconteceram depois de a justiça norte-americana ter mandando prender Manuel Chang, antigo ministro das Finanças de Moçambique, detido a 29 de dezembro quando viajava pela África do Sul, onde aguarda por extradição – também disputada por Moçambique.

A acusação norte-americana contém correspondência e documentos que a levam a concluir que três empresas públicas moçambicanas de pesca e segurança marítima terão servido para um esquema de corrupção e branqueamento de capitais com vista ao enriquecimento de vários suspeitos, passando por contas bancárias dos EUA.

Fontes ligadas ao caso admitem que novas detenções aconteçam nos próximas dias, dentro da lista de 18 arguidos revelada pela justiça moçambicana em janeiro, ao mesmo tempo que decorre a apreensão de vários bens.


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Escrito por: África 21 Digital

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