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Governo angolano destaca centenário do antigo Liceu Salvador Correia

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O Governo angolano felicitou hoje os antigos estudantes do Liceu Nacional Salvador Correia, em Luanda, pelo centenário da instituição, considerando ser um momento “significativo e histórico” por ali terem passado jovens que lutaram pela independência de Angola.


África 21 Digital com Lusa


 

O reconhecimento foi transmitido nesta sexta-feira (22) pelo vice-Presidente da República de Angola, Bornito de Sousa, ao discursar, na instituição, em representação do chefe de Estado, João Lourenço.

O antigo liceu, cuja criação remonta a 22 de fevereiro de 1919, na época colonial portuguesa,  teve a designação renomeada já após a independência do país como Magistério Mutu-Ya-Kevela.

Bornito de Sousa assistiu ainda à cerimónia de descerramento da placa comemorativa em homenagem da associação dos antigos alunos pelo centenário da escola (1919-2019), recordou que o ex-Liceu Nacional formou quadros de grande qualidade científica e intelectual.

“Das carteiras desta augusta Escola saíram o primeiro e o segundo presidentes da Angola independente [Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos], bem como o terceiro vice-presidente, além de um amplo leque de jovens que lutaram pela independência do país”, disse.

Das salas de aula do então Salvador Correia saíram vários combatentes da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, muitos já falecidos, como o músico e compositor Liceu Vieira Dias (Carlos Aniceto Vieira Dias), general, diplomata e ex-ministro Oswaldo Van-Dúnem, jornalista João Van-Dúnem ou o ex-ministro André Mingas, entre muitos outros.

O agora Magistério Mutu-Ya-Kevela foi inaugurado pelo Presidente angolano, João Lourenço, a 24 de março de 2018, após obras de reabilitação do edifício que preservaram o desenho arquitetónico original do período colonial português e que custaram 24 milhões de dólares (21,1 milhões de euros).

Hoje, o edifício emblemático concebido pelo arquiteto José Costa e Silva recebeu a placa indicativa da sua classificação como Património Histórico-Cultural Nacional, classificado pelo despacho da secretaria de Estado da Cultura de 08 de julho de 1992.

Para o vice-Presidente de Angola, a placa indicativa de classificação do ex-Liceu Nacional Salvador Correia como Património Histórico-Cultural Nacional constitui um “marco que deve igualmente laurear todos quantos estiveram envolvidos na sua restauração”.

O governante, que não quis entrar no detalhe dos vários escritos sobre pormenores de vida e experiências dos antigos estudantes daquele Liceu, rendeu igualmente homenagem aos “ilustres professores e aos funcionários do Liceu”.

“Sem esquecer o incontornável ‘Contínuo Videira’, que forjou as vidas de milhares de jovens que acabaram colocando os seus tijolos nos alicerces de Angola e não só”, apontou.

Defendeu a edição de um livro que “ilustre e atualize a história e a arquitetura de tão ilustre bem material e imaterial da cidade, de Angola e da humanidade”, que é o Liceu Nacional Salvador Correia, hoje, Magistério Mutu-ya-Kevela.

“Como centro de excelência de formação e reciclagem de professores, com o objetivo de os valorizar, melhorando a qualidade, as competências e o desempenho”, sustentou.

No entender do governante, para que o antigo liceu continue a ser um “viveiro da ciência, do conhecimento e um centro de excelência”, é necessário “saldar um débito do passado e capitalizar elementos para um futuro brilhante e auspicioso”.

Para assinalar o centenário, uma exposição fotográfica sobre o Património Arquitetónico e Lugares de Memória está patente na instituição e foi visitada pelo vice-Presidente angolano e outros membros do Governo.


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Escrito por: África 21 Digital

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